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O dólar recuava quase 1 por cento frente ao real e aproximava de 3,60 reais nesta sexta-feira, dando continuidade ao movimento das últimas duas sessões diante de expectativas cada vez mais fortes de que o governo da presidente Dilma Rousseff estaria chegando ao fim, mesmo após o Banco Central reduzir sua presença no mercado de câmbio.
Às 12:03, o dólar recuava 0,90 por cento, a 3,6203 reais na venda, após cair quase 3 por cento nas últimas duas sessões. Na mínima desta sessão, a moeda norte-americana atingiu 3,6099 reais.
"O mercado continua na toada de que o que é ruim para Dilma, é bom para o mercado", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
A comissão especial criada pela Câmara dos Deputados para analisar a abertura do processo de impeachment contra Dilma definiu na véspera indicados pelo governo para a relatoria e presidência. Nova sessão da comissão foi marcada para a próxima segunda-feira para apresentação dos planos de trabalho.
O processo vem em meio a intensa agitação, tanto no alto escalão da política quanto nas ruas. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi empossado como ministro-chefe da Casa Civil na quinta-feira, mas teve sua nomeação suspensa horas mais tarde, desencadeando uma batalha jurídica.
Estrategistas do banco BNP Paribas escreveram em nota a clientes que o dólar está um pouco abaixo de seu valor justo, que estimam em 3,759 reais. Segundo eles, o espaço para mais quedas é limitado pela decisão do BC de reduzir o estoque de swaps.
O BC fez nesta manhã leilão de até 3,6 mil swaps, indicando que deve rolar perto de 75 por cento do lote que vence em abril, equivalente a 10,092 bilhões de dólares. Até a sessão passada, vinha ofertando 9,6 mil contratos e, assim, poderia fazer a rolagem integral.
A autoridade monetária vendeu a oferta integral na operação. Com isso, rolou ao todo o equivalente a 6,177 bilhões de dólares, ou cerca de 61 por cento do lote total.
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