Investimentos de montadoras somam R$ 35,9 bi no Brasil

14 empresas do setor têm aportes programados entre 2012 e 2024.

Desde 2012 e até 2024 as montadoras têm programas de investimentos que somam R$ 35,9 bilhões a serem aportados em suas operações no Brasil, incluindo empresas que já operam no País e os das que já preparam suas instalações locais. Esta é a soma atualizada dos projetos anunciados pelas companhias em um levantamento exclusivo de Automotive Business que relaciona os valores que ainda estão em curso. Deste total, são estimados R$ 33,7 bilhões de empresas já instaladas no País.

O total já inclui o anúncio mais recente do setor que partiu da Nissan já no primeiro dia útil de 2016 ao confirmar R$ 750 milhões até 2018 para ampliação da capacidade industrial de Resende (RJ) para a produção do SUV Kicks.

Sua parceira de Aliança, a Renault, mantém o investimento de maior prazo no Brasil: são R$ 740 milhões entre 2014 e 2024. Pelos planos, são R$ 500 milhões até 2019 para o desenvolvimento e produção local de dois novos veículos em São José dos Pinhais (PR) e os demais R$ 240 milhões a serem utilizados em até oito anos para a construção do centro de distribuição de peças em Quatro Barras, também no Paraná.

Mas parte do montante total previsto para o setor no País se encerra ainda este ano, caso dos R$ 650 milhões da Iveco que desde 2014 estão ampliando o índice de nacionalização dos produtos da marca, além de sustentar a modernização dos processos industriais da fábrica de Sete Lagoas (MG) e dos projetos da área de pesquisa e desenvolvimento também localizados no complexo mineiro.

Da MAN Latin America, o ciclo de R$ 1 bilhão anunciados pela empresa para diversificação de portfólio, modernização e ampliação da unidade de Resende (RJ) também está previsto para ser concluído em 2016, bem como o R$ 1,115 bilhão previsto pela Toyota, sendo que a maior fatia, de R$ 1 bilhão, vai para a construção da planta de motores e transmissões em Porto Feliz (SP), com capacidade para 200 mil unidades por ano e cuja inauguração está prevista para este primeiro semestre.


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Com a atualização dos investimentos, saíram da lista os ciclos que encerraram em 2015, caso dos R$ 525 milhões da Audi dedicados à sua linha de montagem compartilhada com a Volkswagen dentro do complexo da em São José dos Pinhais (PR) e que começou a operar no fim do ano passado.

O mesmo caso se aplica aos R$ 530 milhões da BMW com a fábrica de Araquari (SC) que completou seu primeiro ano de operações em setembro de 2015. Também encerraram seus ciclos de investimento em 2015 a FCA (Fiat Chrysler Automobiles), Ford, Honda, Mercedes-Benz (caminhões), PSA Peugeot Citroën e Volvo.

A Chery voltou para a lista após concluir em 2014 seu primeiro investimento no Brasil de US$ 530 milhões para instalação das fábricas de veículos e de motores em Jacareí (SP). Em julho de 2015 a empresa anunciou outros US$ 100 milhões - equivalentes a R$ 346,6 milhões - para a produção do SUV Tiggo na planta brasileira. Serão produzidas três gerações do modelo, duas delas a partir do segundo semestre deste ano.

Entre as empresas que anunciaram investimentos no Brasil, mas que ainda não operam, o total é estimado em R$ 2,27 bilhões. O volume considera os R$ 750 milhões utilizados para erguer a fábrica da Jaguar Land Rover em Itatiaia (RJ), cuja inauguração é prevista para este ano. Também são considerados R$ 1,28 bilhão por parte da BYD para a fabricação de ônibus elétricos e para os quais já destinou R$ 250 milhões na nova unidade de Campinas (SP), operante desde novembro passado (leia aqui). Os R$ 300 milhões anunciados pela Foton para erguer no País uma planta de caminhões da marca chinesa em Guaíba (RS) também foram incluídos neste total, mas a construção sequer foi iniciada. 

No relatório foram excluídos investimentos que chegaram a ser anunciados, mas que pararam no tempo, caso da JAC Motors, que tirou o pé do acelerador com relação a construção de sua fábrica em Camaçari (BA), prometida desde 2011. Em outubro de 2015, a empresa informou à reportagem de Automotive Business que ainda aguardava o empréstimo de R$ 120 milhões aprovado há mais de um ano pela Desenbahia, agência de fomento do Estado, para começar as obras.

Também ficou de fora o aporte de R$ 400 milhões da Metro-Shacman, que previa construir uma unidade produtiva de caminhões em Tatuí (SP) e começar a operar em 2015, além dos R$ 300 milhões da Sinotruk, que poderiam chegar a R$ 1 bilhão, segundo a empresa, mas que ainda não foi concretizado. Em agosto do ano passado a empresa de origem chinesa protocolou no MDIC um pedido de prorrogação de prazo para o início das obras de sua fábrica de caminhões em Lages (SC). Naquela época, a montadora informou que espera começar a produção local no primeiro trimestre de 2017.