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À medida que avança no projeto de seu caminhão de dez toneladas e desenvolve a rede de concessionárias, a Foton está arquitetando a implantação de sua fábrica em Guaíba (RS). Em uma primeira fase, no entanto, a alternativa para antecipar a montagem de veículos seria alugar instalações e as principais opções recairiam sobre a Agrale, de Caxias do Sul (RS), e a International, de Canoas (RS), que enfrenta sérias dificuldades no mercado. A montadora nada mais revela sobre o assunto, enquanto finaliza os entendimentos com os parceiros comerciais para a montagem em série de seu primeiro caminhão, que já tem protótipo rodando.
Como parte da celebração no avanço de seus negócios, a companhia reuniu seus 36 fornecedores locais já selecionados para um jantar em São Paulo, em 23 de novembro, quando anunciou os novos planos e perspectivas e apresentou seu quadro de profissionais, entre os quais executivos com grande experiência no setor, como Eustáquio Siroli, ex-gerente de marketing de produto da Mercedes-Benz, Antonio Dadalti, ex-diretor da Volkswagen Caminhões e da Iveco, e Alcides Cavalcanti, também ex-diretor de vendas da Iveco.
Mais de uma centena de profissionais estiveram presentes à confraternização, que teve como anfitriões o presidente do conselho da Foton, Luiz Carlos Mendonça de Barros, e o CEO da empresa, Bernardo Hamacek, juntamente com os diretores e engenheiros brasileiros e chineses que compõem o quadro executivo da operação local. Na ocasião, o gerente de engenharia e desenvolvimento, Leandro Gedanken, demonstrou como está sendo alcançado o índice superior a 70% de conteúdo nacional para o veículo de 10 toneladas, desenvolvido em regime de codesign com os fornecedores. “Já estamos trabalhando com o mesmo método cooperado de inteligência no caminhão de 3,5 toneladas e para os próximos modelos de 17 e 24 toneladas”, observou.
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Mendonça de Barros analisou o cenário econômico e os planos da empresa no País. “É importante destacar que estamos falando agora de um momento difícil, mas não, de modo algum, de um País difícil. Sabemos muito bem que as dificuldades econômicas são momentâneas e passageiras. Mas as possibilidades e potencialidades do Brasil, particularmente em nosso negócio, que é a logística rodoviária, são imensas e de longo prazo. Avançamos a passos largos e com a participação efetiva dos nossos parceiros fornecedores, vamos iniciar a produção do nosso caminhão de 10 toneladas em uma fábrica alternativa já no primeiro semestre do ano que vem, até que a nossa fábrica em Guaíba, no Rio Grande do Sul, esteja pronta”, concluiu.
Hamacek esclareceu que, a despeito das dificuldades econômicas, acredita que a empresa trilha o caminho certo. Prova disso seria o desempenho da marca no mercado nacional. “No segmento em que atuamos nossa participação saiu de 1% de market share em julho do ano passado para superar 5% em outubro deste ano. Nas regiões Norte e Nordeste temos 10% de market share”. Ele enfatizou que a rede é integrada por 23 concessionárias e há outras seis em estágio avançado de negociação. O objetivo é alcançar 40 casas até o fim de 2016.
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