Siderúrgicas Usiminas e Gerdau pioram resultados e registram prejuízo no 3º trimestre

Usiminas teve prejuízo de R$ 1,042 bilhão no terceiro trimestre, enquanto a Gerdau reverteu o lucro e teve perda de R$ 1,9 bilhão.

A alta do dólar, dívidas e atividade fraca fizeram o resultado das siderúrgicas Gerdau e Usiminas piorar. A Usiminas teve prejuízo líquido de R$ 1,042 bilhão no terceiro trimestre ante uma perda de R$ 24 milhões um ano antes. Já a Gerdau reverteu o lucro e teve prejuízo de R$ 1,958 bilhão no terceiro trimestre. Em 2014, no mesmo trimestre, a Gerdau tinha tipo lucro de R$ 261,951 milhões.

Na demonstração de resultados do trimestre, a Gerdau explica que o resultado negativo do período foi provocado por impairment (deterioração) de ativos no valor de R$ 1,9 bilhão.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado somou R$ 1,291 bilhão, um avanço de 4% ante o registrado um ano antes. A margem Ebitda ficou em 10,8% entre julho e setembro de 2015, ante 11,6% de igual intervalo de 2014.

A receita líquida da empresa totalizou R$ 11,925 bilhões no terceiro trimestre de 2015, montante 11,4% maior que o registrado um ano antes.

O resultado financeiro ficou negativo em R$ 1,381 bilhão entre julho e setembro, ante resultado financeiro negativo de R$ 575 milhões de igual trimestre do ano passado. Segundo a empresa, o aumento deve-se à variação cambial líquida negativa sobre os passivos contratados em dólar norte-americano e as maiores despesas financeiras decorrentes do aumento da dívida bruta nos períodos comparados.

Interrupção

A Usiminas decidiu interromper temporariamente as atividades das áreas primárias da Usina de Cubatão, em São Paulo. Segundo comunicado da companhia enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o processo de desativação será gradual e envolverá sinterizações, coquerias, altos fornos (um dos quais já tinha suas atividades paralisadas desde maio de 2015) e aciaria, bem como todas as atividades associadas a esses equipamentos.

"O referido ajuste objetiva reposicionar a Usiminas em um novo patamar de escala e competitividade perante um contexto econômico de deterioração progressiva do mercado siderúrgico", justificou a Usiminas, no documento.


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A usina de Cubatão deixará de produzir placas, mas serão mantidas as atividades das linhas de laminação a quente e a frio, bem como as operações relacionadas a seu terminal portuário. A linha de laminação de chapas grossas continuará temporariamente suspensa.

O Ebitda ajustado da empresa foi negativo em R$ 65 milhões no período, ante um Ebitda positivo de R$ 357 milhões. A receita líquida no terceiro trimestre do ano foi de R$ 2,424 bilhões, queda de 16,6% na relação anual. Na comparação trimestral a receita recuou 9%.