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Acompanhando a crise do mercado de veículos comerciais pesados, cuja queda das vendas chegou a 42% entre janeiro e maio, os emplacamentos de implementos rodoviários recuou 40,8% na comparação com mesmo período acumulado do ano passado, para pouco mais de 37,9 mil unidades entregues. Há um ano, este volume era de 64,2 mil implementos, segundo balanço divulgado na quarta-feira (3), pela Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.
Mais uma vez, assim como no setor de caminhões, o segmento de pesados acentua a queda nas vendas: reboques e semirreboques somaram 11,9 mil unidades entregues entre janeiro e maio, volume 50,4% menor do que o verificado em iguais meses de 2014, quando o mercado consumiu 24 mil unidades. O segmento leve, que equipa carrocerias sobre chassi, a redução é de 35,1%, para 26 mil unidades.
Para Alcides Braga, presidente da Anfir, o desempenho negativo da indústria de implementos reflete a situação da economia brasileira, cujo PIB recuou 0,2% no primeiro trimestre, de acordo com dados do IBGE. Apesar do resultado negativo, nem todos os segmentos da economia tiveram desempenho ruim: a agropecuária registrou crescimento de 4,7% com relação ao trimestre imediatamente anterior (o quarto trimestre de 2014) e houve alta de 4% sobre o mesmo período do ano passado.
“O resultado negativo surpreendeu quem esperava por algo pior como 0,5% de retração”, avalia. Segundo Braga, o índice negativo melhor do que o esperado pode indicar que o pior do ano já passou.
“Podemos esperar que a situação fique menos pior e por isso o momento é de se concentrar nos negócios e aproveitar oportunidades, como a realização da Fenatran, a maior feira de negócios do setor de transportes do País.”
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