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O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos de março desse ano foi de R$ 7,023 bilhões. O valor representa um crescimento de 16,8% em relação ao mês anterior. Entretanto, a alta registrada não condiz com a realidade do setor, segundo o presidente da associação. “Aumento de faturamento não necessariamente representa um ganho para o setor”, disse o presidente da Abimaq, Carlos Buch Pastoriza, durante coletiva de imprensa realizada ontem (6) para divulgação dos indicadores do setor.
O faturamento do setor, quando comparado com março de 2014, também registrou crescimento: 16,1%. No primeiro trimestre do ano, o faturamento foi de R$ 18,756 bilhões, crescimento de 8,7% em relação ao mesmo período do ano passado. “Apesar de estarmos com faturamento acima de 2014, ainda estamos abaixo na média histórica”, lembra Pastoriza.
O crescimento do faturamento foi puxado pelas exportações de máquinas e equipamentos, uma vez que as vendas no mercado interno registraram queda de 16,8% em março em relação ao mês anterior. A desvalorização cambial de 20%, junto com o aumento das exportações explica o aumento do faturamento do mês de março, segundo a Associação. “O aumento do faturamento está totalmente associado à variação do câmbio. Se estivéssemos falando em número de máquinas, teria caído”, explicou o assessor econômico da presidência da Abimaq e diretor de competitividade da Associação, Mauro Bernardini.
Exportações
As exportações de março geraram U$ 1,235 bilhões, 55,9% a maio do que o registrado em fevereiro. Em relação a março de 2014, o mês registrou um crescimento de 21,9%. No primeiro trimestre do ano, o valor de US$ 2,812 bilhões representa queda de 11,9%, quando comparado com o mesmo período de 2014.
O setor de infraestrutura e indústria de base impulsionou o crescimento de março, ainda que o setor de máquinas para petróleo e energia renovável tenha apresentado forte crescimento. No trimestre, apenas o setor de infraestrutura e indústria de base, teve exportações melhores que o trimestre de 2014.
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A América Latina continua liderando o destino favorito das máquinas e equipamentos brasileiros nos três primeiros meses do ano, apesar de apresentar queda da participação desde 2011. Os Estados Unidos, entretanto, tem mostrado crescimento desde 2012, reflexo da recuperação do mercado norte-americano. A Europa é a terceira região que mais recebe bens de capital brasileiros.
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