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A presidente Dilma Rousseff inaugurou nesta sexta-feira (12), em Itaguaí (RJ), o prédio principal do estaleiro que será utilizado para a construção de cinco submarinos nucleares brasileiros. O projeto prevê investimentos de R$ 28 bilhões.
Além da presidente, participaram da cerimônia o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão; o ministro da Defesa, Celso Amorim; o comandante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto; o comandante do Exército, Enzo Peri; e o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito.
A construção dos submarinos é fruto de parceria entre Brasil e França firmado em 2008, que inclui transferência de tecnologia. Além de fortalecer os investimentos na indústria militar, o projeto tem como objetivo proteger a costa marítima brasileira, especialmente nas áreas de exploração de petróleo.
O projeto, assinado pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, prevê a produção de quatro submarinos convencionais do modelo Scorpène e um nuclear.
Segundo Dilma, em um futuro "cada vez mais próximo" o Brasil integrará um "grupo seleto" de cinco países que dominam a tecnologia de propulsão nuclear para a construção de submarinos.
"Tenho certeza de que cada centavo que estamos investindo no programa valerá a pena [...] Estruturamos uma política que está permtindo ampliar os investimentos nas nossas Forças Armadas", destacou Dilma em seu discurso.
A presidente também comentou que o Brasil é um país "pacífico" e que permanecerá assim, mas que isso não significa "descuidar" da proteção de suas fronteiras e deixar de investir em novas tecnologias.
"Temos um patrimônio muito valioso a proteger e parte dele está em nossas águas. A imensidão da Amazônia azul guarda recursos decisivos para o desenvolvimento do nosso país. É preciso contar com uma Marinha moderna para exercer o seu papel constitucional de garantir a soberania do nosso país", explicou a presidente diante dos comandantes das Forças Armadas.
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Patrulha das águas
Questionado pelo motivo de o Brasil investir na construção de submarinos, uma vez que não tem inimigos, o comandante da Marinha do Brasil, almirante de esquadra Julio Soares de Moura Neto, explicou que a função dos submarinos é patrulhar as águas brasileiras.
"Hoje em dia, as marinhas não se preocupam com inimigos. Elas se preocupam em serem capazes. A Marinha do Brasil tem que ser capaz de patrulhar suas águas, que são muito extensas. São 4,5 mil quilômetros quadrados na Amazônia Azul. Temos que ser instrumento de dissuasão. As pessoas têm que saber que se forem lá vão encontrar uma defesa capaz", disse o almirante.
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