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De janeiro a julho deste ano, as vendas de pneus para montadoras somaram 11 milhões de unidades, queda de 18,1% ante igual período do ano passado. A redução foi mais acentuada para os pneus de passeio, 6,09 milhões de unidades e recuo de 21,1%. Os números foram divulgados pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip).
“Nosso setor depende muito do desempenho da indústria automotiva, que teve um resultado ruim nos primeiros sete meses”, afirma o presidente da entidade, Alberto Mayer, que espera agora a recuperação prevista pelas montadoras para os próximos meses.
Ainda segundo a Anip, o setor de pneus empregava até maio 28.560 trabalhadores, registrando a maior quantidade de postos diretos. Com a atual conjuntura, a indústria planeja férias coletivas para evitar dispensas.
Importação de pneus chineses cresceu 7,4% no acumulado do ano
De janeiro a julho o Brasil importou 16,87 milhões de pneus (exceto para duas rodas). Deste total, 9,05 milhões, equivalentes a 53,6%, vieram da China. A comparação com o mesmo período do ano passado revela alta 7,4% na entrada de pneumáticos chineses.
A produção total do Brasil nos primeiros sete meses (novamente com exceção para duas rodas) atingiu 31,18 milhões de unidades, mostrando que as compras do gigante asiático equivalem a mais de dois meses do que a indústria local fabricou.
Como esses pneus se destinam em regra ao mercado de reposição, essa participação é proporcionalmente ainda maior. Os outros 46,4% das importações no período (7,82 milhões de pneus) vieram de diferentes países da Ásia e do leste europeu, além da Argentina.
“As importações de pneus da China cresceram bem mais do que a produção de veículos no País e boa parte desses produtos compete de forma desleal com os que são fabricados no Brasil”, afirma Alberto Mayer, presidente da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip). Do consumo aparente total de pneus no País, 35% é de importados.
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A associação vem buscando em reuniões com o governo maneiras de aumentar a competitividade do setor. “Temos de enfrentar o Custo Brasil e ainda gastamos cerca de R$ 100 milhões ao ano para recolher pneus inservíveis, como determina a legislação, e temos superado todo ano as metas estabelecidas pelo Ibama com base nos dados de venda. Já os importadores independentes têm ficado 30% abaixo do que deveriam recolher, o que reduz seus custos”, recorda o presidente da Anip.
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