Cresce número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, diz IBGE

Se comparado com os últimos quatro meses do ano, houve queda de 2,5%.

Ao crescer 0,1% em abril deste ano, já descontadas as influenciais sazonais, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, interrompeu dois meses consecutivos de taxas negativas ante o nível do mês imediatamente anterior, período em que acumulou perda 0,4%.

As horas pagas aos trabalhadores da indústria no índice acumulado dos quatros primeiros meses do ano fecharam em queda de 2,5%, ritmo mais intenso do que o observado no último quadrimestre de 2013, que foi de - 2,0%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada hoje (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com números negativos, a Pimes indica que, em relação a abril do ano passado, a queda nas horas pagas pela indústria chegaram a recuar 3,1%, assinalando a 11ª  taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde os - 5,3% de outubro de 2009.

Já a taxa acumulada nos últimos doze meses, passou de - 1,4% em março, para - 1,7% em abril, mantendo uma trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).

A queda de 3,1% nas horas pagas em abril, em comparação com o mesmo mês do ano passado, reflete taxas negativas em 11 dos 14 locais, em 14 dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,3%), produtos de metal (-8,3%), meios de transporte (-5,5%), calçados e couro (-9,1%), máquinas e equipamentos (-5,3%) e produtos têxteis (-5,8%).

Entre os locais pesquisados, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, São Paulo com - 4,6%, apontou a principal influência negativa sobre o total do país em abril, pressionado em grande parte pela redução nas horas pagas nos setores de produtos de metal (-17,1%), máquinas e equipamentos (-6,8%), meios de transporte (-6,1%), produtos têxteis (-11,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-5,4%) e calçados e couro (-13,0%).


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O IBGE também destacou resultados negativos no Rio Grande do Sul, onde as horas pagas cairam 6,2%, devido, sobretudo, aos recuos verificados em calçados e couro (-12,1%) e  máquinas e equipamentos (-11,3%); Paraná a queda chegou a 5,2%, explicada em grande parte pela diminuição nos ramos de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-43,4%), meios de transporte (-9,2%) e produtos de metal (-10,9%); e em Minas Gerais, onde a queda foi de 3,2%, influenciada, principalmente, pelos recuos observados em calçados e couro (-18,2%), meios de transporte (-6,9%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,8%).

No acumulado do ano, o recuo de 2,5%, ente os quatros primeiros meses do ano passado, reflete resultados negativos nas horas pagas em 14 dos 18 setores pesquisados e em dez dos 14 locais investigados, com destaque para o recuo de 3,8% registrado por São Paulo; de 5% no Rio Grande do Sul; de 4,3% no Paraná; e de 2,3% em Minas Gerais (-2,3%).

Já o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria fechou abril com alta de 0,7% ante o mês imediatamente anterior, após assinalar recuo de 2,3% em março e crescer 1,5% em fevereiro.