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Um avião movido a energia solar, projetado para dar uma volta ao mundo em 2015, fez seu primeiro voo de teste na manhã desta segunda-feira, na Suíça.
A aeronave é uma versão maior e melhorada de um outro avião, que cruzou os Estados Unidos no ano passado levando os aventureiros Bertrand Piccard e Andre Borschberg na cabine de comando.
O piloto de testes Markus Scherdel, que comandou a missão desta segunda-feira (2), voou a uma altitude de 1,8 mil metros, realizando uma série de manobras para testar a aeronave.
Scherdel relatou vibrações durante a fase inicial do voo mas, de maneira geral, a missão parece ter tido resultados positivos.
"Os resultados iniciais parecem estar de acordo com os cálculos e simulações", informou um comunicado divulgado posteriormente pela equipe.
Desafio
Nos próximos meses, a aeronave será submetida a mais voos para que receba as certificações necessárias.
"Hoje é um grande dia para a equipe do Solar Impulse", disse Piccard à BBC News.
"Um avião como esse é absolutamente único. E, pela primeira vez na história, temos um avião que voa sem combustível, dia e noite, mostrando o incrível potencial de tecnologias limpas, todas essas tecnologias que o mundo também pode usar de forma a reduzir a dependência em combustíveis fósseis (...) e resolver o problema da poluição".
A aeronave é feita de fibra de carbono e tem envergadura de asa de 72 metros, maior que a de um Boeing 747. No entanto, o Solar Impulse 2 pesa apenas 2,3 toneladas.
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A superfície das asas é coberta por 17 mil células solares, que alimentam quatro motores elétricos capazes de atingir velocidade de 140 km por hora.
Durante o dia, as células solares recarregam baterias de lítio que, à noite, mantêm os motores em funcionamento.
O primeiro avião Solar Impulse estabeleceu vários recordes mundiais, incluindo o de voo mais longo de avião tripulado movido a energia solar - 26 horas. Outros recordes foram o de primeiro voo intercontinental de avião movido a energia solar e maior distância coberta por voo pilotado de nave movida a energia solar (drones movidos a energia solar são capazes de ficar no ar durante semanas).
Este último recorde foi estabelecido durante a épica jornada de Piccard e Borschberg cruzando os Estados Unidos em maio, junho e julho do ano passado.
Mas o grande feito da dupla torna-se minúsculo quando comparado à complexidade e dificuldade da volta ao mundo que a equipe do Solar Impulse 2 planeja fazer.
Isso porque a jornada terá de incluir a passagem sobre os oceanos Atlântico e Pacífico. Para cruzar o Pacífico, por exemplo, o avião terá de voar durante cinco dias e cinco noites.
A cabine comporta apenas uma pessoa. Ela contém um assento reclinável para permitir que o piloto se exercite e tire sonecas curtas.
Veja o vídeo feito durante o pouso do primeiro voo do Solar Impulse 2:
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