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Não se espera uma redução de emissões de CO2 em um horizonte visível. Ainda que isto acontecesse, levaria muito tempo para que seus níveis na atmosfera retornassem a níveis seguros. Então, o que fazer com ele?
Empresas, com a ajuda de cientistas, examinam as possibilidades de reciclagem de CO2, que parecem ter um potencial ilimitado. As tecnologias ainda estão em seu nascedouro e a questão pede urgência, mas algumas notícias são alvissareiras.
A Liquid Light, uma empresa nova de tecnologia de Nova Jersey, Estados Unidos, desenvolveu um conversor de CO2 capaz de transformar as emissões em matéria-prima para produtos que tem o carbono como componente. Plásticos, adesivos e outros podem agora contar com gases estufa reciclados como um de seus ingredientes cruciais. O conversor funciona usando eletroquímica catalítica de baixa energia.
Dentro do conversor há catalisadores que podem produzir mais de 60 produtos baseados em carbono. Uma fábrica converteria centenas de milhares de toneladas de CO2 em produtos por ano, diz Kyle Teamey, co-fundador da companhia.
Utilizar o CO2 faz bem mais do que dar a uma empresa credenciais verdes. “Quase todos os seus gastos são baseados na compra de petróleo, gás natural ou biomassa”, diz ele. Mas liberar os gases destas substâncias no ar é algo perverso. “Não é só poluição, é perder o valor do que foi comprado”.
O primeiro produto de mercado da Liquid Light será o glicol-etileno, um ingrediente fundamental tanto de anticongelantes quanto do poliester usado na indústria de vestuário.
Outra empresa, a Dioxide Materials, de Illinois, fez uma parceria com a gigante 3M, multinacional inventora do hiper-supérfluo Post It, que gera montanhas de lixo. A ideia é usar um processo semelhante para substituir algumas das caras matérias-primas de seu negócio de adesivos, segundo a New Scientist.
Por José Eduardo Mendonça/ Planeta Sustentável
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