O Brasil liderou um movimento apoiado por Argentina e África do Sul, para evitar a renovação de um acordo que bloqueia novas medidas de protecionismo, previsto em ato firmado em 2008 pelos países do G-20. Sem apoio da maioria do grupo, a questão ficou a cargo dos líderes do G-20; e a decisão final deve ser anunciada hoje.
O acordo expiraria em dezembro. Mas na reunião do G-20 de 2011, na França, já se acertou a prorrogação para 2016, o que vinha reforçando o argumento dos países desenvolvidos, que acusam Brasil, Argentina e África do Sul de defender o protecionismo.
O entendimento político, que não tem efeitos jurídicos, também congela as ações tomadas até a data do acordo. Ou seja, mantém como estão os instrumentos de proteção dos países ricos à agricultura, uma das maiores queixas de Brasil, Argentina e África do Sul. Sem saber se conseguiriam simplesmente suspender o mecanismo, os três países passaram a considerar a ideia de uma prorrogação mais curta. Mas não chegaram a um acordo sobre o novo prazo.