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Em pequenas indústrias , ou para peças avulsas, os métodos de remoção de sujeira ou camadas de óxidos ainda servem-se da escovação, martelamento e raspagem com ferramentas manuais.
Raspagem: é o tratamento conseguido com escovas rotativas (n= 500 a 2000 rpm) de arame de aço ou bronze ( espessuras de 0,05 a 0,1 mm) , de crina de cavalo ou de substâncias sintéticas. O processo pode ser acompanhado do uso de abrasivo misturado com óleo. Camadas mais espessas de óxidos pedem tratamento químico preliminar.
O processo é geralmente antieconômico quando houverem camadas mais espessas de carepa ou óxidos a serem removidas.
Metodologias alternativas são o esmerilhamento ( para juntas soldadas e fundidas) e o uso de martelos pneumáticos (remoção de incrustações em caldeiras).
Processo: é um método de esmerilhamento onde as peças são colocadas dentro de um tambor fechado ou aberto que gira provocando a limpeza das peças pelo atrito com material abrasivo contido no tambor. Para tambores abertos, o ângulo de inclinação pode ser controlado, alterando a altura de queda das peças.
Agentes: entre os componentes abrasivos utilizados destacam-se a areia, o pó de esmeril, peças de aço pequenas e médias, óxido de alumínio, e eventualmente granito e quartzo.
Características: O processo pode ser feito a seco ou com agentes alcalinos ou ainda com ácido sulfúrico diluído. Para a eficiência do processo é necessário um peso mínimo das peças e um diâmetro adequado do tambor.
Indicações: O processo é indicado para peças com sujeiras muito aderidas, e aplica-se a qualquer metal ou tipo de superfície, bastando adequar o processo a cada caso. Recomenda-se limpar peças de tamanhos próximos numa mesma operação.
Processo: remove a carepa , óxidos e cascas de fundição por efeito do impacto de areia ou esferas de aço sobre a peça a limpar. A areia é impulsionada por ar comprimido. O efeito de impacto pode também ser conseguido por centrifugação e jato turbulento.
Agentes : areia quartzídica ou esferas de aço
Características : a superfície resultante terá aspereza maior (comparada ao tamboreamento) mas pode ser controlada pela granulação do agente e pelo tempo de jateamento.
Indicações: para peças de formatos complexos, recipientes e instalações estacionárias. O jato de areia é o tratamento preliminar recomendado para a formação posterior de camadas de fosfatos, assim como para a aplicação de camadas protetoras de borracha.
Diferenças : areia ou esferas de aço
Indicações: é indicada para peças facilmente deformáveis, com paredes não muito finas e para metais com coloração natural e alumínio, assim como para peças a serem esmaltadas. O grau de aspereza depende da pressão do ar, da rotação da centrífuga e do tamanho do grão.
Parâmetros: As pressões são de 2 a 3 atm para o ferro, e de 1 a 1,5 atm para os metais de coloração natural e ferro fundido.
A areia quartzídica apresenta arestas vivas e tem diâmetro médio entre 1,5 e 3,0 mm. Para chapas de metal leve o diâmetro recomendado é 0,5mm . O ângulo de incidência mais vantajoso é 450
Indicações: são indicadas para uso em material duro . A qualidade da superfície resultante depende da distância entre bocais, que pode ser otimizada. As esferas de aço são mais eficientes do que a areia, entretanto encarecem o processo pois a sua produção é onerosa.
Parâmetros : a pressão de ar é de 2,6 atmm. As esferas tem diâmetros entre 0,5 e 2,0 mm . Pode ser usado um formato alternativo que são pequenos cilindros de aço especial ( resistência de 180 kgf/ mm 2 com diametros entre 1 e 2,5 mm. O ângulo de incidência deve ficar entre 30 e 400. Pressões ou tempos excessivos podem conduzir ao encruamento da peça.
Processo: utiliza jato de água a alta pressão para a remoção das cascas de fundição, ferrugens e revestimentos. É um processo relativamente novo que é efetuado em câmaras especiais.
Características: a água é o agente de limpeza mas necessita ser operada a pressões entre 50 e 75 atm, o que torna o processo caro. Em compensação, a superfície tratada não requer preparação adicional antes da aplicação de revestimentos.
Indicações: para peças de médias e grandes dimensões, provenientes de fundição ou para recondicionamento de estruturas em operação ( e.g. tanques de armazenamento).
Processo: consiste em romper as carepas frágeis através da imposição de deformação. O método exige uma decapagem posterior e tem sido empregado somente em casos especiais.
Características: requer dispositivo de aplicação de carga adequado ao tipo de peça.
Indicações: para limpeza de tiras, arames e anéis.
Variante: a carepa também pode ser desprendida mediante o enrolamento das tiras ou arames, em forma de hélice . Alguns estudos tem pesquisado a ruptura da carepa através do alongamento do arame, mas sem resultados conclusivos.
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