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Ricardo de Luca | 03/10/2023
Notícias
O uso do alumínio para a condução e distribuição de energia tem grande destaque
Para se manter em relevância no mercado, as empresas têm buscado ampliar os investimentos em ações que as coloquem em sinergia com as principais tendências de ESG (Environmental, Social and Governance). No setor elétrico, importante segmento para a economia do Brasil e do mundo, essa realidade não é diferente. E, para corroborar com esta agenda nesta vertical, outras indústrias exercem papel fundamental, como a metalurgia, que através das aplicações do alumínio oferece ganhos significativos ao setor de energia.
Para se ter uma ideia da força da sustentabilidade neste contexto, estima-se que dos US$ 2,8 trilhões destinados para investimentos em energia global, U$ 1,7 trilhão será voltado para tecnologias de energias limpas, incluindo veículos elétricos, redes de armazenamento, combustíveis de baixa emissão, melhorias de eficiência e bombas de calor, conforme indica relatório da Associação Internacional de Energia (AIE). Enquanto o restante valor, de US$ 1,1 trilhão, vai para carvão, gás e petróleo.
Atrelada a esta tendência, o uso do alumínio para a condução e distribuição de energia tem grande destaque. O material apresenta mais leveza, resistência mecânica, boa condutividade elétrica, além de ser infinitamente reciclável, fator crucial para a preservação ambiental.
O mercado de alumínio tem demonstrado um significativo potencial de crescimento para os próximos anos. De acordo com levantamento divulgado pelo International Aluminium Institute (IAI), em 2022 a demanda por alumínio primário deve crescer 40% até o final de 2030. Ainda segundo o estudo, entre os quatro principais consumidores do material está o setor elétrico, que, juntamente com os setores de transportes, embalagens e construção civil, serão responsáveis por 75% desse aumento.
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Diante do protagonismo que possui na área de eletricidade, as vantagens sustentáveis do alumínio podem se estender para projetos de linhas de transmissão, e, por ser mais leve, quando utilizado nas estruturas, exige menos dos veículos de transporte, gerando menor consumo de combustível.
Outro aspecto fundamental para as aplicações do alumínio é o alto poder de reaproveitamento do insumo, que ajuda a poupar o planeta da extração de mais minério. Além disso, quando reciclado, o metal consome 19 vezes menos energia do que o insumo obtido a partir do minério.
No segmento de energia solar, os perfis de alumínio são empregados especialmente nos painéis solares, em forma de esquadrias ou perfis tubulares. Neste sentido, é importante salientar que o mercado fotovoltaico é dividido em duas vertentes primordiais: de energia centralizada, que engloba grandes usinas ou fazendas solares, e de energia distribuída, referente aos sistemas residenciais e de pequenas e médias empresas, que contam com placas solares nos telhados.
O alumínio também apresenta um efeito decorativo nos perfis, além de contar com boa condutividade elétrica, fundamentais para redes de transmissão e distribuição de energia.
Desta forma, o cuidado com o planeta é a chave para o desenvolvimento de qualquer indústria. Tendo em vista os inúmeros aspectos positivos do alumínio com relação à preservação ambiental, o metal torna-se uma escolha praticamente inevitável para o setor elétrico. Portanto, é preciso que ambos os mercados sigam em sinergia, para que, assim, possam crescer em conjunto de modo sustentável, competitivo e atualizado com relação às principais tendências.
*Imagem de capa: Depositphotos
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Ricardo de Luca
Ricardo de Luca é gerente de Engenharia de Processos e Produtos da Termomecanica
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