por Henri Sevonen    |   04/09/2023

Superando os desafios da usinagem de ligas à base de níquel

Solução da Sandvik Coromant traz nova tecnologia de fresas de topo cerâmicas para otimizar usinagem de peças de motores aeronáuticos

A maioria das peças aeroespaciais é manufaturada com superligas resistentes ao calor (HRSAs) e ligas à base de níquel, o que coloca um conjunto particular de exigências aos engenheiros de produção que procuram fabricar peças como bobinas, discos de turbina, carcaças de combustão e rotores. Embora muitos fabricantes usem fresas de topo convencionais de metal duro, tais ferramentas têm suas limitações em termos de desempenho quando se trata de ligas à base de níquel.

Em uma arena global extremamente competitiva, as fábricas aeroespaciais estão à procura de tecnologias de nível superior capazes de proporcionar uma mudança radical em fatores como produtividade e/ou vida útil das ferramentas. As fresas de topo cerâmicas podem proporcionar esse mesmo salto, oferecendo de 20 a 30 vezes mais velocidade de usinagem em comparação com as ferramentas de metal duro para operações como faceamento e fresamento de cantos. Tais ganhos impressionantes podem ser alcançados em grande parte porque as fresas de cerâmica mantêm sua dureza nas altas temperaturas que surgem ao usinar ligas à base de níquel.

A fresa de topo de cabeça intercambiável CoroMill 316 de cerâmica soldada para operações de desbaste é uma solução produtiva para aplicações de motores aeroespaciais em materiais ISO S.

Em primeira instância, o conceito de cabeça intercambiável facilita a flexibilidade inerente ao processo. Também está disponível uma versão de seis canais com um raio com canto reto que proporciona operações de fresamento lateral extremamente produtivas e uma versão de quatro canais desenhada para impulsionar o faceamento graças a sua geometria de face de alto avanço.


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O substrato cerâmico das fresas de topo permite um processo de corte diferente em comparação com as ferramentas tradicionais de metal duro. É importante ressaltar que a classe S1KU SiAlON foi desenvolvida para a usinagem superior de ligas de níquel e é suportada por uma geometria negativa que proporciona uma aresta de corte resistente. Esta última também apresenta uma fase T para operações estáveis.

Fresas de topo cerâmicas mantêm dureza em altas temperaturas, o que as torna adequadas para usinagem de lâminas de rotores aeroespaciais. Foto: Sandvik Coromant
 

A SiAlON tem uma composição química de óxido de alumínio e nitreto de silício (Al203+Si3N4), uma combinação que promove alta resistência ao desgaste, mesmo a temperaturas elevadas.

Usinagem estável

Recomenda-se um set-up estável em todos os casos e sempre sem a aplicação de refrigeração; as fábricas devem usar ar comprimido, pois a refrigeração simplesmente se inflamaria nas altas temperaturas envolvidas. Além disso, o uso de refrigeração promove choques térmicos e tem um efeito negativo sobre a vida útil da ferramenta. É importante destacar que são necessárias altas rotações, pelo menos 13.000 rpm. Outras recomendações incluem o uso do fresamento concordante, bem como um caminho programado da ferramenta que a mantenha em contato constante com o material.

Está claro que as ligas à base de níquel desempenharão um papel fundamental no futuro da manufatura aeroespacial. Entretanto, são muitos os desafios enfrentados por aqueles encarregados de produzir peças para motores aeroespaciais. É somente por meio de inovações contínuas em ferramentas, como a tecnologia de fresas de topo cerâmicas, que as fábricas aeroespaciais conseguirão otimizar o processo de usinagem.

* Esta empresa é parceira do Grupo CIMM
O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

Henri Sevonen

Perfil do autor

Henri Sevonen é gerente sênior do segmento industrial - aeroespacial para a Sandvik Coromant