por Ricardo de Luca    |   19/10/2021

As diferentes aplicações do Alumínio e do Cobre para o setor de refrigeração

Com destaque cada vez maior dentro da cadeia de metais, o Alumínio tem ganhado visibilidade nos mais diversos setores da economia, tendo em vista a variabilidade de aplicações nos diferentes segmentos industriais. No setor de refrigeração, o metal divide o protagonismo com o Cobre, que também exerce função indispensável para o desempenho deste mercado.

As vantagens e aplicações específicas do Alumínio possibilitaram que o mesmo seja amplamente utilizado em sistemas de refrigeração e trocadores de calor. Para fins de refrigeração e troca de calor, em que é necessária resistência e boa conformação, são utilizadas ligas da série 3.000, que contam com presença do elemento Manganês e são mais resistentes e bastante trabalháveis.

Dentre os principais ganhos do condutor de Alumínio está a relação custo-benefício quase insuperável quando comparada ao de seus concorrentes. Isto porque, o metal conta com preço mais baixo, menor peso, e consequente, leveza, resistência mecânica, boa condutividade térmica, boa refletividade, além de não ser magnético e ter fácil trabalhabilidade. Outro fator que influencia diretamente na escolha é o quesito sustentabilidade, uma vez que o Alumínio é infinitas vezes reciclável, aspecto que impacta positivamente o meio ambiente.

Relação entre Alumínio e Cobre para o setor de refrigeração

Assim como em outros segmentos da indústria, o Alumínio e o Cobre apresentam vantagens específicas e aplicações singulares no setor de refrigeração, o que garante o papel fundamental dos dois tipos de metal no que se refere ao desenvolvimento do mercado.

De um modo geral, o Cobre e suas ligas são aplicados principalmente em situações onde há fluido em alta temperatura na troca de calor, sendo, neste caso, uma opção recomendável pela boa resistência do material em temperaturas mais elevadas. Os tubos de alumínio, por sua vez, são mais adequados em situações nas quais o peso influencia na instalação, haja vista a leveza apresentada pelo metal, que pesa apenas 30% do Cobre.


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Há de se considerar, que a escolha entre cobre e alumínio também deve se levar em consideração as condições de instalação, pois os tubos de alumínio apresentam menor resistência mecânica, e a possibilidade de reparos do sistema, pois processos de solda para o alumínio são mais complexos.

Fator sustentabilidade

Além das vantagens específicas apresentadas e do baixo custo do Alumínio, que custa 25% do valor quando comparado ao Cobre, a principal vantagem deste metal está relacionada diretamente à sua condição. O Alumínio conta com uma estrutura de coleta reversa já amadurecida, eficiente e, tecnologicamente, das mais avançadas do mundo. Por tratar-se de um material muito reciclado (o país é um benchmark neste quesito), para cada quilo de Alumínio reciclado economiza-se a extração de 4,5 Kg do minério e dispendemos 19 vezes menos energia do que se utilizássemos o metal obtido por via primária.

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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Ricardo de Luca

Perfil do autor

Gerente de Engenharia de Processos e Produtos da Termomecanica, empresa líder na transformação de cobre e suas ligas.