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Para lidar com os dissabores do alto custo Brasil, é preciso criatividade e persistência, os principais legados do nosso povo.
Ter um negócio próprio, um chão de fábrica, gerar empregos, tornar-se um empreendedor industrial e deixar um legado para o País - Quem nunca sonhou?
Muitos conseguem tirar a ideia das planilhas de planejamento, colocar em prática os anos de experiência como funcionário e, enfim, mudar de lado. Mas a realidade logo revela que os problemas e preocupações não deixam de existir, eles só mudam de perspectiva. E se antes o seu entrave era o chefe, agora é o governo.
Os dissabores de ser industrial no Brasil
É unanimidade entre os empresários brasileiros os entraves promovidos pelo apelidado “custo Brasil”. Os desafios começam assim que se decide abrir a empresa, mas isso é só o começo. Logo se segue um infindável arcabouço tributário, legal e burocrático, que onera todo e qualquer investimento que se faça.
Tente explicar para qualquer empresário não brasileiro o que é PIS, Cofins, ICMS, ISS. E mais: que no Brasil nós temos alíquotas diferentes e regimes tributários diferentes. Se essa conversa for travada com um empresário alemão, por exemplo, após horas de explanação da sua parte, em poucos minutos ele explicará que em seu país há um único imposto de valor agregado, ou seja, tudo o que você vende menos o que você compra diz quanto deve ser pago. É muito mais fácil de lidar e compreender.
Este dissabor de empreender no Brasil, como é óbvio, é compartilhado pela maioria dos industriais do país. Uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) revelou que para a maioria das empresas participantes (83,2%), o alto custo Brasil já foi impeditivo para o início ou expansão de seus negócios. O levantamento ainda mostrou que o excesso de burocracia abre espaço para a corrupção (90,2%) e dificulta o desenvolvimento econômico e o ambiente de negócios (94,7%), impactando (negativamente) na competitividade das empresas (91,4%).
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Ou seja, a burocracia atrapalha o Brasil, especialmente em momentos sensíveis para a economia, como o de agora, quando é preciso incentivar a produção, gerar e manter empregos.
As vantagens de ser industrial no Brasil
A resposta a este questionamento é outra unanimidade entre os empresários do país: O brasileiro é o grande aliado do Brasil. Os recursos humanos, a criatividade do nosso povo, sua dedicação e comprometimento contam a favor de ser um industrial no país.
O brasileiro, inclusive, é tão produtivo quanto qualquer profissional do mundo. Mas por que a nossa produtividade não bate com a de outros países? Porque os nossos funcionários não têm os mesmos meios de produção à disposição, porque investir em tecnologia no Brasil é caro. O imposto que se paga sobre isso é elevadíssimo, o que deprecia a competitividade da nossa indústria.
Por exemplo, se pegarmos uma fábrica alemã e de modo fictício a transpormos para o Brasil, com os mesmos funcionários, máquinas etc., o produto final fabricado aqui será 25% mais caro do que o produto alemão. Ou seja, é uma competição que chega a ser quase “desleal”, mas que em nada tem a ver com os nossos profissionais.
Disso tiramos que a indústria brasileira tem a seu favor justamente o brasileiro: O profissional comprometido, produtivo e dedicado do chão de fábrica, e o líder, que com criatividade e espírito de persistência procura driblar a burocracia e empecilhos de empreender no país, gerando empregos e fazendo a máquina da economia crescer. Ou seja, se por um lado temos o custo Brasil, de outro temos nós.
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Possui graduação em engenharia Elétrica pela FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado (1990). A experiência do setor de feiras e eventos vem desde 1990 quando começou a carreira na empresa Alcantara Machado Feiras. Desde essa época vem atuando no setor de feiras em diversos setores da economia. Na Alcantara Machado e Reed Exhibitions foi responsável por grandes eventos como Feira Mecânica, Brasilplast, Feimafe, Feicon, Brasilpack. Hoje atua na empresa Informa Exhibitions e é diretora das feiras Expomafe, Feimec, Plástico Brasil, Serigrafia Sign e Formóbile.
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