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Liliane Bortoluci    |   16/10/2017   |   Feira de negócios   |  

A tecnologia a serviço da evolução industrial

Em menos de um século, os recursos tecnológicos ditaram duas revoluções industriais, mudando por completo o modus operandi de todo chão de fábrica.

Tema recorrente nos últimos anos ao redor do mundo, a 4ª Revolução Industrial (ou Indústria 4.0) está fundindo o mundo físico e virtual em diferentes níveis. O processo de manufatura foi completamente alterado com diversas tecnologias, como internet das coisas, inteligência artificial, big data, nanotecnologia e impressão 3D, permitindo que máquinas, sistemas e aplicativos mantenham-se conectados em rede, “conversando” entre si.

Diferentemente do que vimos entre a 1ª e a 2º Revolução Industrial, impulsionadas pela evolução da energia – na 1ª Revolução Industrial, a produção mecanizada foi promovida pelo uso da energia hidráulica e a vapor. Um século depois, o advento da eletricidade provocou novas mudanças –, a tecnologia tem passado a ditar grandes transformações, mudando muito mais rapidamente os processos de manufatura. Afinal, a automação da produção por meio da eletrônica e da tecnologia da informação (TI) alavancou a 3ª Revolução Industrial e, agora, cerca de 50 anos depois, a integração de recursos tecnológicos diversos tem possibilitado a chamada Indústria 4.0.

Para exemplificar o papel dos recursos tecnológicos em todo o processo evolutivo industrial, vou tomar o caso apresentado por Celso Morassi, supervisor de design da Fiat Chrysler FCA que, no seminário “Indústria 4.0 - Inteligência Industrial e Digitalização”, promovido pela SKA, falou sobre como a impressão 3D revolucionou a Fiat.

Fato é que, desde sempre, antes de ganhar a linha de produção, o modelo físico de um carro é construído na montadora. No passado, este modelo era feito em madeira, manualmente.  Com o tempo, a madeira foi substituída pelo gesso e, depois, pela argila. Hoje, no entanto, o modelo de argila é mesclado com peças impressas em 3D, cuja confecção é feita em até 12 horas. O modelo é lixado e pintado, resultando em peças em tamanho real, visualmente idênticas às que serão produzidas em série. O teste desses componentes é viabilizado em poucas horas, sendo possível propor ajustes que antes só eram notados na linha de montagem, o que reduz significativamente o tempo e os custos de desenvolvimento de novos modelos.


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Este é somente um exemplo de como a tecnologia está atrelada à evolução industrial. Na Indústria 4.0, a realidade física e virtual se confunde. Homens e robôs interagem, as máquinas se comunicam entre si e o controle de todo este complexo sistema industrial é feito remotamente.

Qual será o próximo passo da tecnologia? Difícil predizer. E justamente por isso é fundamental manter-se atualizado, com o olhar sempre atento e voltado aos grandes eventos e feiras industriais; polos fomentadores de novos processos, equipamentos e tecnologias, que mais uma vez ditarão o futuro da indústria mundial. 

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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Liliane Bortoluci

Possui graduação em engenharia Elétrica pela FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado (1990). A experiência do setor de feiras e eventos vem desde 1990 quando começou a carreira na empresa Alcantara Machado Feiras. Desde essa época vem atuando no setor de feiras em diversos setores da economia. Na Alcantara Machado e Reed Exhibitions foi responsável por grandes eventos como Feira Mecânica, Brasilplast, Feimafe, Feicon, Brasilpack. Hoje atua na empresa Informa Exhibitions e é diretora das feiras Expomafe, Feimec, Plástico Brasil, Serigrafia Sign e Formóbile.


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