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Raul Arozi | 10/12/2014
Notícias
A indústria manufatureira está colocando em prática às óbvias mudanças que revolucionaram a relação homem-máquina neste século XXI. Nunca as transformações foram tão rápidas e as vantagens e benefícios para as empresas tão perceptíveis. Um exemplo claro está nos investimentos, cada vez maior, em prototipagem digital, como parte importante das inovações tecnológicas de grandes indústrias. As vantagens: redução de custo, prazo, melhoria de performance, entre vários.
A prototipagem digital integra dados de projeto de todas as fases do desenvolvimento de um produto em um único modelo digital criado, permitindo que os fabricantes projetem, visualizem e simulem o seu desempenho no mundo real antes que eles sejam fabricados. Com um protótipo digital criado, os fabricantes podem testar a forma, a adequação e o funcionamento de seus projetos digitalmente, realizando a simulação da realidade em diversos cenários hipotéticos para chegar ao melhor resultado.
A ideia é validar o desempenho no mundo real por meio de simulações, criar representações virtuais do produto final para melhorar o processo de análise do projeto, assegurar a validação antecipada do cliente e comercializar os produtos antes de criar um protótipo físico ou o produto final.
Os benefícios da prototipagem digital ficam comprovados nos resultados do estudo independente realizado pelo Aberdeen Group: os fabricantes usam a prototipagem digital a fim de reduzir pela metade a quantidade de protótipos físicos construídos, chegar ao mercado 58 dias mais rápido, ter custos de prototipagem 48% menores e gerar produtos mais inovadores.
Segundo pesquisa recente, divulgada pelo Gartner, 2015 será um ano de mudanças nas relações entre o homem e a máquina. Até 2015, mais de 90% dos produtores de bens duráveis vão buscar ativamente parcerias externas para dar suporte aos novos modelos de negócio de produtos personalizados, e até 2017, quase 20% usarão impressão 3D para atender as demandas do mercado. A procura por produtos e serviços com agilidade na entrega, baixo custo e adaptáveis às necessidades do consumidor, estão incentivando uma revolução do mercado de manufatura.
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Dentro desse raciocínio, a utilização da impressão 3D no processo de manufatura e produção poderá causar um profundo impacto na viabilização de novos negócios de forma que reduzam os custos da produção. Todas as categorias de bens duráveis verão a emergência da personalização do produto possibilitada pelo acesso cada vez mais fácil à impressão 3D, e a tendência é que os fabricantes desenvolvam meios para trazer os consumidores mais próximos da experiência do desenvolvimento do projeto. Hoje já existem softwares de fácil utilização e aprendizado intuitivo, que possibilitam qualquer pessoa desenvolver seu próprio projeto em 3D e enviar para a impressão.
As empresas que organizarem o quanto antes suas estratégias de negócios voltadas para a personalização do produto vão acabar por definir o espaço nessas categorias. Isso também configura uma nova cultura corporativa que apoie o desenvolvimento desses novos produtos, novas habilidades de execução do processo nas linhas de produção e equipes administrativas com capacidades operacionais e tecnológicas.
Vale finalizar com outra importante pesquisa, da PwC (PricewaterhouseCoopers), realizada junto as 100 maiores empresas de manufatura, que revelou que o mercado global de serviços e equipamentos enquadrado dentro do conceito de prototipagem deve saltar de US$ 2,5 bilhões, registrado em 2013, para US$ 16,2 bilhões, em 2018. Muito em breve, essa não será apenas uma tendência, mas uma realidade presente no dia a dia das pessoas e das empresas. É o caminho para a melhorar a competitividade em um mundo cada vez mais sem fronteiras. As empresas brasileiras não podem perder esse momento.
*O autor é Especialista Técnico da Autodesk Brasil
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