BMW e Caoa são habilitadas ao novo regime automotivo

Empresas entraram como investidoras

 

BMW e Caoa foram habilitadas no Inovar-Auto como investidoras. O novo regime automotivo entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano e tem validade até 2017. As habilitações concedidas até agora valem até 31 de março próximo, quando poderão ser prorrogadas automaticamente se a empresa comprovar ter cumprido o cronograma e apresentar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, inovação e engenharia. 
 
A BMW entrou no programa com o projeto de sua fábrica nacional em Araquari (SC), que receberá investimento de € 200 milhões e deve começar a produzir em 2014. Habilitada ao novo regime automotivo, a empresa usufruirá da cota de importação mensal de 1,2 mil unidades de modelos similares aos que serão feitos na planta catarinense, sem incidência de 30 pontos porcentuais extras de IPI. “Com a habilitação provisória no Inovar-Auto e a construção da fábrica em Santa Catarina daremos sequência à nossa estratégia de liderança no mercado premium nacional”, afirma Torben Karasek, diretor financeiro e atual presidente interino do BMW Group Brasil. 
 
A companhia ficará isenta de pagar o adicional de 30 pontos no IPI de 600 veículos. A empresa, no entanto, terá de pagar a alíquota majorada sobre os outros 600 carros da cota, mas esse valor será devolvido quando a planta nacional começar a operar. O volume é suficiente para sustentar o avanço da marca no mercado nacional importando modelos que provavelmente serão fabricados no Brasil, como o Série 1, X1 e Série 3. Em 2012, a BMW vendeu 8,8 mil unidades no País. 
 
Já a Caoa foi habilitada pelo investimento de R$ 300 milhões que fará em Anápolis (GO) para produzir o ix35. A empresa recebeu cota mensal de 500 veículos que podem ser trazidos do exterior com benefício fiscal até que a fábrica entre em operação. O volume, no entanto, não deve dar conta das vendas totais do utilitário, que no ano passado teve mais de 11 mil unidades emplacadas no País. 
 
Com a BMW e a Caoa, o Inovar-Auto já tem 35 empresas habilitadas. O governo projeta que o novo regime automotivo estimule investimentos da ordem de R$ 5,5 bilhões no País e aumento da produção para mais de 4 milhões de carros por ano.