Um robô que joga badminton pode parecer algo interessante para jogadores solitários. Mas a criação do Dr. Wim Symens, do Centro de Tecnologia Mecatrônica Flanders, na Bélgica, não está para brincadeiras.
O robô é um banco de provas para testar softwares projetados para otimizar a eficiência energética de equipamentos industriais.
Sistemas mecatrônicos
Os equipamentos usados na automação industrial - essencialmente sistemas mecatrônicos - são controlados tanto por softwares quanto por circuitos eletrônicos dedicados.
![](https://e5a5e21295859d53b15f-83f0bd7793a5a4b61ea12de988b1f44d.ssl.cf2.rackcdn.com/uploads/cimm/asset/file/862/large_robo-badminton2.jpg)
Como é inviável parar as fábricas para fazer simulações que possam mostrar onde é maior o consumo de energia em cada situação, Symens projetou um robô que possui em escala menor todos os elementos de um sistema mecatrônico.
Usando-o como bancada de testes, a equipe desenvolveu um software capaz de analisar o sistema mecatrônico - o robô, conforme ele jogava badminton - e verificar todos os seus gargalos e todos os seus "vazamentos de energia".
O resultado da aplicação do software foi impressionante: "Nós conseguimos cortar o consumo de energia do robô jogador de badminton em 50%," conta o pesquisador.
Abordagem virtual para uso real
O primeiro teste em condições reais, feito em uma indústria fabricante de máquinas de costura, permitiu cortes de consumo nos equipamentos que variaram entre 10 e 15% - ao contrário do que ocorre no robô, nem sempre é possível substituir peças ou componentes na indústria.
Segundo Symens, no futuro o software poderá ser utilizado para máquinas ainda em fase de projeto, por meio de análises virtuais.
"Uma abordagem virtual é sempre preferível. Você pode até mesmo simular condições extravagantes, como velocidades excessivas ou temperaturas elevadas. Na vida real esses testes são muito caros," afirmou.