Em evento realizado ontem (31), na cidade de São Paulo, o CEO da SoliWorks, Bertrand Sicot, afirmou que será lançado um novo software de CAD 3D em 2013. Sem apresentar muitos detalhes, Sicot apenas disse que o produto será complementar ao SolidWorks existente hoje.
Ele apontou ainda que o novo software, que será voltado ao design mecânico conceitual, deve moldar-se à utilização do usuário, terá foco na colaboração e os dados estarão disponíveis a qualquer lugar e em qualquer momento.
Porém, o CEO garante que o novo software não irá interferir no desenvolvimento de novas versões do SolidWorks. "Estamos com uma situação financeira muito boa, então podemos desenvolver e investir em novos produtos paralelamente", afirma.
No acumulado do ano houve um aumento de 12% no faturamento da SolidWorks. Em 2011, o faturamento foi de Us$ 474,6 milhões, já nos três primeiros semestres de 2012, foi de US$ 384 milhões. Em dezembro deste ano, a SolidWorks deve alcançar o número de 2 milhões de licenças comercializadas, sendo 500 mil para uso comercial e o restante para fins educativos. "Há apenas quatro anos, tínhamos um milhão de licenças, ou seja, neste período dobramos esse número", comenta o CEO.
Segundo o Diretor da SolidWorks na América Latina, Oscar Siqueira, no Brasil eles contam com quatro mil clientes, 10 mil usuários comerciais e 40 mil licenças educacionais em 800 instituições de ensino.
Atualmente, o estado que mais fatura é são Paulo, que responde por 41% do faturamento total. Já a região Sul representa 38% do faturamento da SolidWorks no Brasil. Siqueira afirma que eles estão otimistas, pois há uma série de medidas para acelerar a indústria brasileira. "Nossa expectativa é de um crescimento extremo nos próximos anos no país, afinal temos a Copa do Mundo, Olimpíadas e o PAC, que está apenas no começo", explica. "Estamos, sem dúvida, no ano mais forte de conquista de market share no Brasil", acrescenta Siqueira.
Indústria
O CEO da SolidWorks afirma que para atender às necessidades dos usuários, eles focaram neste ano em mercados adjacentes e trouxeram algumas novidades para o mercado elétrico e de plásticos.
O gerente técnico da SolidWorks na América Latina, Timoteo Müller, afirma que o SolidWorks Electrical é uma das grandes inovações para a indústria metalmecânica. Ele engloba três produtos, um para projetistas elétricos que constroem esquemas em 2D, outro para integrar o projeto elétrico dentro do projeto mecânico em 3D e ainda um para usuários que realizam as duas tarefas.
"Dentre as vantagens, há uma biblioteca com mais de 500 mil itens elétricos padronizados. Como é uma tecnologia de banco de dados, permite a integração com o SolidWorks 3D e com outros usuários também. É muito últil, porque hoje em dia todos equipamentos têm sistemas elétricos muito complexos", explica.
O gerente técnico aponta ainda as inovações da ferramenta SolidWorks Costing. Na versão 2012, o suporte fazia o cálculo do custo de chapas metálicas e fresamento de até 2,5. Agora, na versão 2013, ele engloba ainda operações multieixos e de torneamento. "Atualmente, ele é um suporte aprimorado para mais processos de usinagem e múltiplos corpos", define Müller.
A indústria de plástico é contemplada no SolidWorks Plastics. Segundo Müller, a simulação de injeção de peças plásticas é fundamental, já que 80% delas são moldadas por este processo. "O trabalho de molde é caro e demorado, com o software teremos redução de erros em peças e ferramental. Ele responde às perguntas básicas: se a peça será preenchida, onde estão as linhas de solda e os aprisionamentos de ar", argumenta.
Por Karine Wenzel/ CIMM