A Nitrion do Brasil, especializada em nitretação a plasma e com a maior capacidade produtiva da América do Sul, decidiu investir em um forno de nitretação a gás para atender a uma demanda do setor automotivo. Já a Sul Corte, fabricante de máquinas e ferramentas para o corte de metais, investirá 15 milhões em sua filial na cidade de Valinhos (SP) para aumentar sua capacidade produtiva principalmente para o setor de autopeças, que responde por 40% de seus clientes.
O gerente comercial da Nitrion do Brasil, Edson Bruch explica que a partir do início de novembro eles já devem oferecer esse processo de nitrocarbonetação e oxidação com o nome de Citrox. O produto é resultado de uma parceria com a fabricante alemã de fornos, IVA, que concedeu a licença que a Nitron aplicasse o processo no Brasil.
"Nós atendemos a clientes da indústria automotiva que necessitam alguns itens que atualmente são importados por não ter condição de fabricação nacional, já que precisam de nitretação a plasma com uma resistência contra corrosão e oxidação acima de 240 horas ao teste de salt-spray. O único que tem esta condição é este equipamento da IVA", explica Bruch.
Ampliação
Além de investir em um novo processo de nitretação, a Nitrion também aposta em sua atuação no Rio Grande do Sul. A empresa deve abrir sua primeira filial em abril de 2013. De acordo com Bruch, a cidade que irá receber a filial da Nitrion no estado já foi decidida, porém a empresa prefere manter em sigilo por enquanto.
"Temos uma demanda crescente no estado e também perdemos dois dias com a logística até aqui, então com a filial instalada iremos reduzir esse atraso para o cliente. Além disso, nós temos clientes já consolidados na região, não precisamos abrir mercado", comenta o gerente comercial. A expectativa é que em menos de um ano, a empresa dobre o faturamento no estado, que hoje é responsável por 15% do faturamento da Nitrion. A abertura da filial faz parte de uma meta de ampliação produtiva, que prevê ainda uma unidade em São Paulo.
De acordo com o gerente comercial, a empresa, embora tenha apresentado uma queda no faturamento em agosto e setembro, deve fechar 2012 com um crescimento de 25 a 30% ante o mesmo períoddo de 2011. "Como estamos no final do processo de ferramentaria, começamos a sentir os reflexos da crise na indústria agora, porém esperamos uma retomada daqui uns três ou quatro meses", avalia.
Outra empresa que está investindo em aumento de sua capacidade produtiva é a Sul Corte. A empresa já começou a ampliação de sua filial em Valinhos (SP) e deve investir um total de R$ 15 milhões na construção, equipamentos e máquinas. De acordo com o diretor da Sul Corte, Paulo Spanholi, as obras devem ser concluídas em 18 meses. "Após essa ampliação, esperamos que a unidade de São Paulo responda por 50 a 60% de nosso faturamento", afirma Spanholi.
Segundo o diretor, em 2013 a empresa também investirá R$ 3 milhões em sua sede na cidade de Caxias do Sul (RS). Ele explica que mesmo em momentos de crise, deve haver investimentos. "Sabemos que a economia é algo ciclíco, então ano que vem já devemos estar em crescimento novamente", diz. A Sul Corte atende principalmente ao setor de autopeças, que responde por 40% de seus clientes, e o agrícola, com 20%. "O que impacta diretamente em nosso faturamento é que hoje grande parte das autopeças é importada, principalmente da China e da Europa", argumenta Spanholi.