Produção da Sumitomo deve atingir 90% de nacionalização

Em setembro iniciam operações de tratamento térmico na planta

A fábrica de redutores de velocidade da Sumitomo Heavy Industries em Itu (São Paulo), inaugurada em novembro, opera com quase 100% da capacidade. Um dos últimos ajustes é o funcionamento do equipamento de tratamento térmico que inicia sua fase de testes na planta neste mês, e deve estar operando normalmente até setembro. Os processos de cementação, têmpera, revenimento in loco são importantes para que a empresa atinja o índice de 65% de nacionalização exigidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), tanto para alcançar a linha de Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame) quanto incentivos para exportação.

Entre os critérios para nacionalização de linhas são o volume de produção, o grau de dependência na produção – para evitar dependência da importação – Para isso um comitê da fábrica japonesa avalia a proposta e até a conversa e contratação de fornecedores é preciso alguns meses. De acordo com Roberto Landman, gerente de operações da Sumitomo Heavy Industries, a intenção da empresa é atingir 90% de produção local. "Alguns itens dependem do volume e já fabricamos no Japão, então continuaremos importando de lá", explica o gerente de operações.

Uma das dificuldades que a Sumitomo está enfrentando para alcançar os índices de nacionalização é encontrar fornecedores brasileiros que atendam as normas japonesas no Brasil, que geralmente estão em conformidade com normas europeias e norte-americanas. Entre os segmentos nos quais a empresa procura fornecedores estão o aço e carcaças de ferro fundido.

A meta da nova planta é atingir um índice de exportação de 50% da produção para a América Latina. As duas linhas que estão sendo produzidas no país, a Paramax e Cyclo600 começam a ser exportadas neste mês. Em junho a fábrica iniciou a produção de engrenagens cônicas, após instalação dos equipamentos da linha e treinamento, no Japão, de dois funcionários. A alto nível de automatização da fábrica foi uma das estratégias para diminuir os custos de produção.  


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