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A produção de veículos desacelerou 11,4% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 211,7 mil unidades. A queda foi de 19,2% sobre dezembro de 2011, segundo dados da Anfavea, associação dos fabricantes de veículos. O presidente da entidade, Cledorvino Belini, afirma que a baixa é consequência das férias coletivas que muitas empresas deram em janeiro. “No ano passado a interrupção na produção foi menor porque não tínhamos o mesmo nível de estoques”, avalia.
O executivo afirma que o volume de veículos nos pátios não é preocupante. Apesar disso, o número de unidades armazenadas na indústria e na rede de concessionárias passa de 319,8 mil, ou 36 dias. O número é maior do que os 33 dias de estoques anotados no ano passado. O movimento foi puxado pelo setor de veículos comerciais, que começou o ano com uma grande quantidade de caminhões Euro 3 armazenada.
A intenção é vender os modelos produzidos no ano passado até 31 de março. Após essa data, só poderão ser comercializados os veículos que atendem aos níveis de emissões da etapa P7 do Proconve. A produção de caminhões desacelerou 75,8% sobre janeiro de 2011 e 81,3% na comparação com dezembro, para 3,4 mil unidades. Já a fabricação de ônibus somou 1.077 chassis, com retração de 62,9% no reajuste anual e de 75,1% no mensal.
México puxa alta na importação de carros
As vendas de carros importados no mês passado cresceram 17,9% em relação a janeiro de 2011, para 67.921 unidades. No mesmo intervalo, o mercado total cresceu 9,6%, para 268,2 mil veículos. Modelos trazidos do México - na mira do governo - representaram 6,3% das vendas. Essa participação era de 2,9% antes da medida que elevou em 30 pontos porcentuais o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros trazidos de países com os quais o Brasil não tem acordo comercial.
Com exceção da Chrysler, que traz um modelo do México, os demais são importados pelas montadoras Fiat, Ford, GM, Honda, Nissan e Volkswagen.
Carros importados por empresas sem fábricas locais, como a chinesa JAC e a alemã BMW, impactadas pelo IPI maior, participaram com 4,5% das vendas em janeiro, ante 6,9% antes da medida, em vigor desde dezembro. Modelos chineses, por exemplo, fecharam o mês com fatia de 1,8%, abaixo dos 2,5% de 2011.Veículos provenientes da Argentina seguem com participação estável entre 12% e 13%.
Exportações
Segundo a Anfavea, foram exportados 33 mil veículos, com evolução de 6,9% sobre o resultado do mesmo mês de 2011 e baixa de 31,7% na comparação com dezembro. O volume representa 15,6% do total produzido pela indústria nacional. “Devemos manter esse nível nos próximos meses”, espera Belini. Em valor, o total vendido no exterior chegou a US$ 1,16 bilhão, resultado 22,9% maior do que o de janeiro do ano passado e 8,8% inferior ao do mês anterior.
Até o fim do ano a associação projeta a comercialização de 510 mil veículos nacionais em outros países. O número fica 5,5% abaixo do resultado do ano passado. As vendas internacionais devem somar US$ 15 bilhões, 3% a menos do que o resultado de 2011.
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