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O grupo Megga – um dos maiores importadores de máquinas e equipamentos asiáticos – decidiu dar uma guinada nos negócios e avalia oportunidades para instalar sua primeira fábrica de bens de capital no país. A empresa faz mistério sobre o produto que deseja produzir, assim como sobre seu sócio no projeto e os investimentos a serem realizados, mas adianta que está em conversas “bem encaminhadas” para adquirir uma unidade industrial no Sul do país.
Thomas Lee, fundador da empresa, diz que os investimentos serão compartilhados com uma grande fabricante multinacional de máquinas, que chegará ao Brasil pelos braços do grupo. “Nós mudamos a direção do investimento, partindo para a indústria”, diz. “Pela primeira vez pensamos em mudar de rumo”, acrescenta Lee, empresário chinês que criou o grupo Megga no início da década de 1990, quando o Brasil começava a abrir as portas para as importações no governo Collor.
Hoje, a empresa importa desde máquinas para plástico e usinagem até máquinas para construção - usadas na movimentação de terra, como retroescavadeiras e pás carregadeiras. A partir de dezembro de 2009, passou a trazer para o país rolo compactadores, carregadeiras sobre rodas, escavadeiras e minicarregadeiras da chinesa Lonking e também usa sua marca própria Digg para uma retroescavaderia que é produzida por um fabricante na China.
Lee, contudo, não confirma se esses produtos serão fabricados no Brasil, apesar do crescimento da demanda por equipamentos com a proliferação de projetos ligados a infraestrutura e construção civil pelo país. “Ainda não temos a autorização deles (do sócio) para anunciar”, justifica. A empresa, que já traçou como meta chegar a um faturamento de US$ 1 bilhão em dez anos, projeta crescer 25% em 2012 e alcançar vendas de US$ 250 milhões. As máquinas de construção devem representar cerca de 25% desse total.
Segundo Lee, a meta deste ano é dobrar para 600 unidades as vendas de máquinas usadas em trabalhos de terraplenagem, conhecidas como a linha amarela do setor de bens de capital.
Para ele, as ações do governo para aquecer a economia, como a distensão da política monetária, e a necessidade de expansão de capacidade no setor de autopeças – a partir das exigências de maior utilização de componentes nacionais nos carros – tendem a estimular o consumo de máquinas.
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