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Diante do desaquecimento da economia mundial e do risco cada vez maior de recessão nos países desenvolvidos, a China já deixou claro que está em busca de novos mercados. A América Latina continua no topo da lista. De acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores da China, o Brasil é o nono parceiro comercial daquele país, mas já é o primeiro do Bric (bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia e China).
A corrente de comércio entre chineses e brasileiros deve bater novo recorde em 2011. De janeiro a novembro de 2011, segundo estatísticas chinesas, estava em US$70 bilhões. Trata-se de um aumento de 37,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desde 2009, a China é o principal comprador do Brasil e o seu segundo fornecedor.
"Investimentos mútuos devem aumentar com cooperação nas áreas de energia, mineração, finanças, eletricidade e telecomunicações. Os investimentos chineses acumulados no Brasil somam US$9,2 bilhões", diz o vice-diretor do Departamento de América Latina da chancelaria chinesa, Li Baorong.
Estatísticas do governo brasileiro mostram que, em pouco mais de uma década, a China saltou de 12º comprador de bens do Brasil à primeira posição. Em 2000, as exportações brasileiras para aquele país somaram US$1,08 bilhão, ou 1,97% de tudo o que o país vendeu ao exterior naquele ano. Mas, em 2010, bateram US$30,78 bilhões, ou 15,25% do total.
Os americanos que, tradicionalmente, eram os maiores compradores de produtos brasileiros, perderam o primeiro lugar em 2009. Até 2000, o Brasil vendia aos americanos nada menos que 25% de tudo o que mandava para o exterior.
EUA são o país que mais vende para o Brasil
Os chineses também estão cada vez mais próximos dos americanos no ranking de fornecedores do Brasil. Hoje, os Estados Unidos se mantêm como o país que mais vende aos brasileiros no mundo, por apenas US$1 bilhão de diferença. Até novembro de 2011, exportaram US$31 bilhões para o mercado brasileiro.
Apesar de ainda manter um superávit comercial com a China, a base das exportações brasileiras é de commodities, que têm valor agregado inferior aos manufaturados que os chineses conseguem cada vez mais vender ao país. Diante do volume maior de produtos made in China no país, o Brasil vem apertando as regras de importação, criando certificações especiais para várias categorias de produtos. No entanto, a maior preocupação agora já não está limitada a como lidar com as chamadas "bugigangas", e sim com máquinas e equipamentos de última geração que os chineses estão fabricando.
"Anotamos a preocupação da presidente Dilma Rousseff em aumentar a venda de produtos brasileiros com maior valor agregado para a China. Os departamentos comerciais dos dois países estão trabalhando nisso", afirmou Li.
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