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A indústria sofre com os efeitos da crise internacional e passa por um momento de ajuste relativamente forte, disse hoje o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, ao divulgar a queda de 0,7% do Indicador do Nível de Atividade (INA), de setembro, com ajuste sazonal.
Ele admitiu que a produção da indústria paulista deverá crescer 1,9% em 2011. Não se trata ainda de uma revisão formal, mas a entidade trabalhava até o mês passado com a expectativa de crescimento de 2,5%, que já era uma forte desaceleração ante expansão de 10,5% registrada em 2010.
"Na margem, a economia brasileira já caiu, fecha o ano em 3,3%, mas na margem já está perto de 2,5%. Já o INA está mais para crescer em torno de 2% do que os 2,5% que estávamos esperando", disse. Ele atribui a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) e da atividade industrial à crise internacional, lembrando que em 2010 o PIB cresceu 7,5%. "Já é efeito da crise. Não é um efeito tão pirotécnico como o da crise iniciada com a quebra do Lehman Brothers, mas é um efeito solapador", queixa-se o diretor da Fiesp.
Francini avalia que, diante do cenário de crise o empresário está com dificuldades de enxergar o futuro, o que justifica a estabilidade do indicador de expectativa em relação aos investimentos, conforme mostrou a Pesquisa Sensor da Fiesp. O item investimento fechou outubro em 52,5 pontos ante 52,4 pontos em setembro. Francini comentou ainda o aumento do nível de estoque, de 38,1 pontos em setembro para 45,6 no mês seguinte. "O setor automotivo também está passando por um momento de ajuste. Está com estoques acima do previsto e, por isso, está dando férias coletivas", disse.
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