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O secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Rodrigues Elias, disse ontem (17) que o governo vai formalizar, nesta semana, a criação da nova empresa pública destinada ao incentivo à inovação. A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) terá como objetivo auxiliar companhias nacionais a desenvolver produtos e tecnologias que aumentem sua competitividade no mercado mundial.
Elias discutiu detalhes sobre o projeto da Embrapii nesta segunda-feira, em reunião com empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo. Após a reunião, ele disse a jornalistas que a criação da empresa será concretizada atré sexta-feira (21). “O termo de referência [que cria a empresa] será assinado nesta semana”, afirmou ele.
Com isso, a Embrapii entrará em sua fase de projeto piloto. Por três anos, três laboratórios nacionais receberão verbas da empresa para fazer pesquisas direcionadas aos interesses da indústria. As três instituições que vão participar desta fase do projeto são: Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo; o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), do Rio de Janeiro; e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), da Bahia.
Para fazer essas pesquisas, esses três laboratórios vão receber, nos próximos dois anos, até R$ 90 milhões do governo federal. Esse montante será cerca de um terço do orçamento da Embrapii. Empresas beneficiadas pelas pesquisas feitas nos laboratórios credenciados da Embrapii e os próprios laboratórios devem arcar com os dois terços restantes dos gastos.
De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a indústria está preparada e esperando a criação da Embrapii para investir no projeto. Ele disse que a Embrapii será importante porque nasce para apoiar justamente os investimentos em inovação que mais necessitam de apoio: os pré-competitivos.
Esse tipo de investimento, explicou Andrade, é aquele em que a industria faz na tentativa de desenvolver um novo produto ou forma de produção. Segundo ele, os investimentos da fase pré-competitiva são de alto risco. Por isso, sem apoio, as empresas acabam não investindo e ficando para trás de suas concorrentes de outras partes do mundo.
“Nos Estados Unidos, por exemplo, os investimentos pré-competitivos são 100% financiados pelo governo. Já no Brasil, são 100% pagos pelas empresas”, comparou Andrade. “A Embrapii deve causar uma mudança neste cenário”, disse ele.
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