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A General Motors concederá férias a 300 colaboradores da fábrica de São José dos Campos (SP) entre 22 de agosto e 4 de setembro. A montadora alega que deixará de produzir 1.500 carros para se ajustar à atual demanda do mercado.
A planta fabrica os modelos Corsa, Meriva, Classic, Zafira, S10 e Blazer, além de motores e transmissões. Enquanto a GM afirma que os funcionários que entrarão em férias trabalham em diversas linhas, o sindicato dos metalúrgicos da região aponta que as duas semanas foram concedidas aos trabalhadores do setor responsável pelo Corsa. O automóvel deixará de ser produzido em breve com a chegada do Cobalt, que deve ser lançado no Brasil ainda este ano e substituirá a versão sedã do modelo.
Em comunicado, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos afirmou estar surpreso com a redução no ritmo de produção, já que a companhia anunciou que não faria paradas este ano. Os funcionários que sairão de férias representam pouco mais de 3% do total de trabalhadores da fábrica, que conta com mais de 9 mil empregados.
Em resposta às férias anunciada pela montadora, os trabalhadores da unidade atrasaram a produção em duas horas nesta segunda-feira,8, e iniciaram a Campanha Salarial 2011. Em assembleia, 4.500 funcionários da fábrica aprovaram a reivindicação de reajuste salarial de 17,5% e redução da jornada de trabalho.
Mercado desacelera e estoques sobem
A Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, apontou na última quinta-feira, 4, que o nível de estoques do setor automotivo, entre a rede de concessionárias e a indústria, passou de 33 dias em junho para 36 dias em julho, com 367,1 mil unidades. O presidente da entidade, Cledorvino Belini, garante que o nível não é preocupante, mas precisa ser observado com atenção nos próximos meses. “A partir de 35 dias o estoque começa a ficar custoso para as montadoras e concessionárias”, alerta.
A entidade prevê redução no ritmo de vendas dos próximos meses. O mercado, que acelerou 10% no primeiro semestre deste ano com 1,73 milhão de emplacamentos, deve arrefecer e ir em direção às expectativas da Anfavea. A associação projeta encerrar o ano com avanço de 5% nas vendas e 3,69 milhões de veículos.
O crescimento menor é consequência das medidas macroprudenciais tomadas pelo governo na área de crédito. Outro ponto preocupante é o ganho de participação dos veículos importados, que responderam por quase um quarto do mercado durante o primeiro semestre, com 22,4% de participação.
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