Notícias
A possível fusão da Agência Espacial Brasileira (AEB) com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) foi defendida pelo presidente da AEB, Marco Antonio Raupp. "É evidente que o sistema atual está deficitário. Não dá só pra manter o sistema que não é produtivo. Perderemos tempo se marcarmos passo nisso", afirmou. A ideia do governo criar as bases para o novo Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). Raupp apresentou as propostas do novo programa na 63ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no campus da Universidade Federal de Goiás (UFG) em Goiânia.
Ampliação
A proposta que está sendo discutida irá, segundo Raupp, incrementar o corpo técnico da AEB. No entanto, Raupp enfatizou que será ainda será necessária a contratação de pelo menos mil funcionários. A fusão entre a agência e o instituto, que são vinculados ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para a criação de um novo órgão espacial, está sendo discutida com outros ministérios que têm interesse no desenvolvimento de tecnologias.
Segundo Marco Antonio Raupp, os ministros da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e da Defesa, Nelson Jobim, já concordaram com o novo PNAE. "Ainda temos que falar com outros ministros para então encaminharmos um projeto de lei ao Congresso Nacional. Mas a decisão final será da presidente Dilma Rousseff", lembrou. A previsão do presidente da AEB é que a fusão saia ainda neste ano para começar a executar recursos já em 2012.
Satélites latino-americanos
Com a proposta de um orçamento de R$ 1 bilhão por ano até 2020, o novo PNAE engloba nas metas o desenvolvimento de mais satélites que variam de 100kg a mais de duas toneladas.
Sabendo da dificuldade para construir esses equipamentos, a Agência Espacial Brasileira propõe que as pesquisas sejam feitas em parcerias com países vizinhos.
"A nossa ideia é montar uma plataforma latino-americana de integração. Estamos conversando com os países vizinhos para saber se há interesses em desenvolver essas atividades em conjunto", explica Raupp. "Precisamos de equipamentos nossos em órbita a médio prazo. Para ganhar tempo temos que agir em conjunto."
Parceria entre Brasil e Ucrânia
A parceria entre Brasil e Ucrânia para a construção de um veículo lançador de foguetes também foi abordada na conferência do presidente da AEB. Citada como um exemplo de cooperação internacional, Marco Antonio Raupp garantiu que o voo de teste do foguete Cyclone-4 será em 2013. Raupp lembrou que o setor crescerá e vai precisar de novas tecnologias que podem ser criadas pelas instituições de ensino e pesquisa e que precisará cada vez mais de profissionais qualificados.
Gostou? Então compartilhe:
Faça seu login
Ainda não é cadastrado?
Cadastre-se como Pessoa física ou Empresa