Brasil vai liderar alta na produção de petróleo em 2012

O crescimento da demanda de petróleo deve acelerar no ano que vem, e a América Latina será a região fora do cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) com maior expansão na produção, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE). A agência apresentou ontem sua primeira projeção para 2012, menos conservadora que a da Opep e apontando para pressões no suprimento da principal commodity mundial.

A expectativa é de que o uso de petróleo crescerá em 1,47 milhão de barris por dia, basicamente nas economias emergentes, que continuarão sendo o motor da economia global. A América Latina terá o maior crescimento na produção, com a oferta aumentando em 270 mil barris por dia, para totalizar 4,6 milhões de barris diários. O Brasil dará a maior contribuição, com aumento da produção total de petróleo em 175 mil barris/dia, totalizando 2,4 milhões de barris diários, graças também a exploração de oleo no pré-sal.

Mas a AIE destaca que, apesar de o Brasil ter uma longa lista de novos projetos de upstream, persistem algumas preocupações sobre a espiral de custos e a capacidade da oferta doméstica da indústria de serviços para satisfazer um cronograma do projeto ambicioso com conteúdo local obrigatório. ota que a Petrobras adiou novamente a publicação do seu tão aguardado plano de investimentos 2011-2015, "supostamente por disputas sobre os custos, especialmente para os ambiciosos projetos de downstream e temores do governo resultante de preços dos combustíveis e da inflação".

A Colômbia será outra fonte chave da região. A produção deverá aumentar em 85 mil barris/dia, alcançando 1 milhão de barris/dia em 2012. Na Argentina, as greves que tinham atingido a produção de petróleo na região de Santa Cruz teriam fracassado. Projeções para 2012 apontam produção estável em 675 mil barris/dia.

Os preços do petróleo em Nova York e em Londres avançaram ontem com a divulgação do relatório de energia dos EUA e com o crescimento da economia chinesa. O contrato WTI para agosto teve alta de 62 centavos de dólar, para US$ 98,05. O contrato de setembro subiu 64 centavos de dólar, cotado a US$ 98,49. Em Londres, o Brent para agosto elevou-se US$ 1,03, a US$ 118,78. O vencimento de setembro registrou elevação de US$ 1,03, fechando o dia cotado a US$ 118,78.

As reservas americanas de petróleo caíram em 3,1 milhões de barris na semana passada e as de gasolina cederam em 800 mil barris. As reservas de destilados, contudo, subiram na semana encerrada em 8 de julho. As refinarias utilizaram 88% da capacidade operacional na semana passada.

 


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