Indústria do CE avança 631%, com destaque para metal-mecânica

As exportações cearenses quase quadruplicaram nos últimos vinte anos, mas esse crescimento acentuado decorre principalmente da expansão das vendas da indústria local para o exterior. Nesse período, a comercialização externa do setor registrou um incremento de 631,7%, de acordo com dados do Indi (Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará), ligado à Fiec (Federação das Indústrias do Estado do Ceará). No intervalo de duas décadas, a pauta de exportações de produtos do Estado assinalou evolução de 369,5%, saindo de US$ 270,4 milhões para US$ 1,27 bilhão em vendas.

Para Eduardo Bezerra, superintendente do CIN (Centro de Internacional de Negócios), também vinculado à Fiec, o resultado é consequência da boa aceitação dos itens do Ceará lá fora. "Isso ocorre devido à confiabilidade do produto cearense. São itens muito aceitos no mercado externo. A preferência do consumidor independe de propaganda. E fazemos isso concorrendo com a China, o que não é fácil", garante Bezerra.

De 2000 a 2010, o setor calçadista mostrou força, mas não se compara à forte evolução das vendas ao exterior de castanha de caju, no período com crescimento de 1.522,8%; bebidas (658,7%), produtos químicos (534,2%) e metal-mecânico (449,4%). A América Latina, União Europeia e os Estados Unidas são os principais destinos dos produtos fabricados no Estado. Esses três mercados correspondem a 80,8% das exportações. No nosso continente, são vendidos principalmente calçados, têxteis, confecções, produtos da cadeia metal-mecânica e do setor químico.

Segmentos
Os calçados seguem como o grande impulsionador das vendas da indústria ao exterior. Somente em 2010, foram enviados US$ 403,47 milhões, 31,8% das exportações do Estado. Em dez anos, o comércio de calçados para fora do País quase quadruplicou. A castanha de caju vem logo em seguida. No ano passado, foram comercializados US$ 191 milhões do produto. Em seguida, vem o couro, com US$ 163,87 milhões vendidos. Os produtos têxteis produzidos aqui no Ceará também se destacaram e venderam US$ 70,68 milhões em peças para outros países; compondo assim o quinto item mais enviado para fora do Estado. "Nós ainda temos a indústria de transformação como o elemento para alavancar o Estado. O Ceará mantém a sua indústria animada, impulsionando a economia", comemora Eduardo Bezerra.


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