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Representantes da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei) estiveram em Brasília, na última quarta-feira, 27, para uma reunião com a Secretária de Comércio Exterior (Secex), Tatiana Lacerda Prazeres. O presidente Ennio Crispino e o diretor Daniel de Carvalho argumentaram sobre a importância das máquinas-ferramenta e equipamentos industriais importados para o crescimento e aumento da competitividade do Brasil. “A questão que atinge o fabricante atualmente é que boa parte da indústria ou as multinacionais estão deixando de produzir peças e componentes no Brasil, preferindo trazer manufaturados do Exterior”, disse Crispino.
Os representantes também reforçaram o pedido, feito a um mês, de participar da elaboração da lista de produtos que passarão por critérios mais rigorosos de importação. Em encontro separado, Crispino e Carvalho levaram a mesma pauta ao diretor Operações da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi. O presidente da Abimei alertou os representantes da Secex e da CNI para o perigo de medidas excessivamente protecionistas levarem a uma desaceleração do crescimento, prejudicando ainda mais os fabricantes nacionais. Segundo Crispino, o Governo demonstrou ver com cautela a imposição de barreiras tecnológicas à importação dos meios de produção, “por meio de certificações que a indústria nacional terá dificuldade em se adequar”, em sua opinião. “A ABIMEI participa do grupo do Inmetro/ ABNT que discute normas de segurança para prensas e está em negociação com o grupo de tubos e conexões de ferro”, afirma o presidente da ABIMEI.
O subsecretário de Comércio Internacional dos Estados Unidos, Francisco J. Sánchez, também se mostrou preocupado com as restrições à participação externa. "Entendo o interesse por trás disso, só não acho que seja o melhor para atingir objetivos de longo prazo. Isso não permite que você tire total proveito das melhores tecnologias e conhecimento no mundo", ressaltou Sánchez, que participou ontem do Fórum Econômico Mundial para a América Latina (WEF, na sigla em inglês), no Rio de Janeiro. "Em algo muito importante, como a energia, acho que é do interesse brasileiro ter a melhor tecnologia e o melhor conhecimento, não apenas tecnologia local, mas a melhor tecnologia, não importando de onde venha."
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