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Uma pesquisa do departamento de engenharia ambiental da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) desenvolveu um pequeno forno que funciona com plasma térmico para inertizar resíduos tóxicos. Em pequena escala, o grupo coordenado pela professora Anelise Leal Cubas conseguiu bons resultados com bateria de celular, lodo galvânico e lodo para tratamento de chorume. O forno, que consegue atingir a temperatura de seis mil graus Celsius, reduz em 3% o tamanho original do resíduo. Agora a pesquisadora pretende construir um novo forno para realizar testes em escala maior e com outros resíduos.
O equipamento, nas dimensões de 30 por 30 centímetros, recebe o material a ser transformado através da utilização do gás argônio que, ao ser ionizado, transforma-se em plasma, produzindo as temperaturas altíssimas. A temperatura foi um fator complicador na montagem do equipamento, porque é necessário conseguir os materiais adequados para suportar as temperaturas. O protótipo foi colocado em funcionamento pela primeira vez durante pós-doutorado de Cubas, na Ufsc, em conjunto com o professor Ivan Gonçalves de Sousa, em 2008 e teve um custo total de 20 mil reais.
No Japão, a técnica já é dominada e utilizada em larga escala. A professora comenta que a incineração com plasma térmico está em processo de tornar-se uma determinação legal no país. Os incineradores comuns transformam tudo em cinzas, diminuindo o volume, mas tem o inconveniente de soltar gases tóxicos, dependendo do tipo de resíduo. “Agora, resíduos industriais de alta periculosidade, com muito metal pesado, vão diretamente para o plasma térmico; já os outros resíduos passam primeiro pelo incinerador, depois as cinzas passam pelo processo do plasma térmico”, explica a pesquisadora.
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