GM inicia obra da fábrica de motores em SC

O início de operação da fábrica de motores da General Motors (GM) em Joinville, cujas obras civis iniciaram oficialmente ontem, é fundamental para que a empresa entregue ao mercado os dois automóveis desenvolvidos pelo projeto Ônix, que serão fabricados em Gravataí (RS). Segundo o vice-presidente de Comunicação, Relações Públicas e Governamentais da companhia, Marcos Munhoz, será necessário que o novo cronograma das obras de Joinville saia dentro do previsto para que os motores atendam aos lançamentos previstos para o final de 2012.

O projeto Ônix faz parte da estratégia da GM de renovar a sua linha de veículos no Brasil e prevê o lançamento de dois carros que serão montados em Gravataí (RS). A expectativa inicial da companhia era que o lançamento fosse feito em outubro de 2012.

"Não se fará os produtos sem os motores", diz Munhoz. A etapa civil da fábrica de motores de Joinville deve se estender até março de 2012, segundo o vice-presidente. A Cesbe, de Curitiba, que também realizou o serviço de terraplenagem na área de 500 mil metros quadrados às margens da BR-101, será responsável pela construção. A previsão é que no fim de janeiro, segundo o vice-presidente, comece a instalação dos equipamentos.

Além de atender ao projeto de Gravataí, uma parte menor da produção de 120 mil motores e 200 mil cabeçotes de alumínio deve ser destinada à unidade de Rosário, na Argentina. Uma segunda etapa de ampliação, prevista para 2014, com expansão de 50 mil metros quadrados para 73 mil metros quadrados em área construída pode levar a fábrica a atender também os complexos de São Caetano do Sul e São José dos Campos. Nesta etapa, Munhoz prevê produção de até 160 mil motores.

O investimento avaliado em R$ 350 milhões para a primeira etapa será feito com recursos próprios. Segundo Munhoz, os recursos já estão todos empregados na execução das obras e compra de equipamentos. A GM iniciou a terraplenagem em 2008 mas, segundo a companhia, devido às fortes chuvas que caíram na região, teve de ser postergada. A eclosão da crise mundial naquele ano teve influência na decisão. Durante a construção serão gerados 500 empregos, cerca de 400 efetivamente na etapa civil do projeto.