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Na manhã desta sexta-feira, 8, 24 dirigentes de grandes empresas discutem propostas para o incentivo à inovação em conjunto com o ministro em exercício do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Luiz Antonio Elias. A reunião acontece em São Paulo e é organizada pelo núcleo de Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Participam da reunião o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade; o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho; e a secretária de Desenvolvimento da Produção, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Heloísa Menezes.
As propostas que serão avaliadas tratam da ampliação dos incentivos fiscais para o desenvolvimento de produtos e processos, da atração de centros de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e aperfeiçoamento dos instrumentos de apoio à etapa pré-competitiva. Essa fase, considerada uma das mais caras e arriscadas do processo de inovação, corresponde ao período em que o produto novo sai do laboratório para ganhar escala de mercado.
Inovação restrita
Segundo a última Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec), do IBGE, só 33,4% das indústrias inovam no Brasil. Os setores com maior taxa de inovação são dominados por multinacionais, como o automotivo (83,2%), o farmacêutico (63,7%) e o químico (58,1%). O elevado custo dos investimentos, os riscos, a falta de pessoal qualificado e a escassez de financiamento são os principais obstáculos apontados pelos empresários para inovar.
Os recursos públicos para inovação no Brasil subiram mais de 200% na última década, mas isso não foi o suficiente para elevar o investimento privado a 0,65% do PIB. Esse indicador está estacionado em torno de 0,5% do PIB, enquanto o investimento público chega a quase 0,6%.
A participação do setor público na inovação em relação ao PIB no Brasil já é superior à taxa de países como Reino Unido (0,56%) e China (0,36%), segundo comparação da Finep com dados de 2008 e 2007. No entanto, a taxa do investimento privado em pesquisa e desenvolvimento (P&D) nesses dois países têm desempenho muito melhor: 0,89% e 1,01%, respectivamente.
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