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Nos próximos três anos, as montadoras de veículos vão investir US$ 11,2 bilhões, quase um quarto de tudo que já foi aplicado desde que chegaram no País na década de 50. Esse forte ciclo de expansão provoca um efeito em cadeia nos fornecedores de autopeças, o que eleva a importação de máquinas e equipamentos.
"Não é a importação que traz a tecnologia, que também desenvolvemos no Brasil. Fazemos uma análise de custo e capacidade produtiva dos fornecedores, sejam locais ou de fora do País", diz o diretor de integração de engenharia e manufatura da General Motors, Michel Goldflus.
A filial brasileira da GM vai investir R$ 2 bilhões no próximo ano. A empresa está modernizando e ampliando todas as suas fábricas no País, construindo uma nova unidade de motores e componentes, e renovando todas as suas linhas de produtos.
O esforço exige uma série de investimentos: mais ferramentas, estamparia, novas linhas completas de produção e até expansão de prédios. Cerca de 20% dos equipamentos utilizados na manufatura da GM são importados. Os 80% restantes são fabricados localmente.
Autopeças
O aquecimento do mercado de veículos, a atualização tecnológica e a movimentação das montadoras impacta os fabricantes de peças e componentes. Na BorgWarner, fabricante de turbos (peça acoplada ao motor), os investimentos em máquinas quase duplicaram: de R$ 3,2 milhões em 2009 para R$ 6,3 milhões em 2010.
"O volume de vendas cresceu e temos de nos adaptar às novas exigências de redução de emissões de gases poluentes", conta Vitor Maiellaro, gerente de operações da empresa. Na Brose, do Paraná, o esforço tem sido grande para modernizar os produtos, que cada vez mais exigem eletrônica aplicada. A empresa fabrica motores elétricos e levantadores de vidro. "Estamos comprando muitas máquinas, adquirindo novas linhas de produção. ", disse o vice-presidente Charles Tubero.
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