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Trabalhadores de fábricas da Toyota, Mercedes Benz e Volkswagen decidiram em assembleias nesta segunda-feira continuar a greve iniciada na semana passada.
Na Volks em São José dos Pinhais, no Paraná a paralização atinge 5,6 mil trabalhadores, sendo 4 mil diretos e 1,6 mil terceirizados. Na Toyota, em Indaiatuba, a fábrica emprega cerca de 2,1 mil trabalhadores, também paralisados.
Em Campinas, cerca de mil trabalhadores da Mercedes-Benz entraram hoje no terceiro dia de greve. Os funcionários da montadora recusaram a proposta patronal de reajuste salarial de 10,5%, pois reivindicam 17,45%.
Nas reuniões entre o sindicato dos metalúrgicos e a Mercedes, não houve avanços econômicos nas propostas apresentadas. Na Toyota, ainda não houve reunião, de acordo com a entidade.
Na Volks, a "greve picoca", como foi batizada pelos trabalhadores, vai ser deflagrada todos os dias, a partir de hoje, paralisando um, dois ou todos os três turnos de produção da fábrica.
Os trabalhadores da fábrica exigiam o mesmo acordo fechado com a Renault, com R$ 4,2 mil de abono, 10% de aumento no piso e 10,08% de aumento salarial, sendo 5,55% de aumento real e 4,29% referentes à inflação acumulada nos últimos 12 meses, segundo o INPC.
Cerca de 820 carros já deixaram de ser produzidos na unidade que fabrica os modelos Golf, Fox, Cross Fox e Fox Europa.
Na Volvo em Curitiba, os cerca de 2,7 mil metalúrgicos aprovaram nesta manhã acordo para reajuste de 10,08% (5,55% de aumento real e mais 4,29% referente à inflação), R$ 4,2 mil de abono e um reajuste de 233% no vale-mercado.
Dia 19 de setembro, os metalúrgicos do ABC, que trabalham nas montadoras Ford, Scania, Mercedes-Benz e Volkswagen conquistaram o maior aumento salarial da história da categoria: 9% da data-base mais 1,66% de correção da tabela salarial, num total de 10,8%, mais R$ 2,2 mil de abono. O índice total será pago integralmente na data base, em 1º de setembro, e o abono quitado totalmente em 20 de outubro.
Na semana passada, os metalúrgicos da GM em São José dos Campos e São Caetano já haviam aprovado um reajuste salarial de 9%, retroativo a 1º de setembro. O acordo também prevê abono de R$ 2,2 mil. O teto para aplicação do reajuste é R$ 7,63 mil. Os salários acima desse patamar contarão terão um valor adicional fixo de R$ 686.
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