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Captar recursos para investir em Pesquisa & Desenvolvimento para a Inovação (P&D&I) não é uma tarefa fácil. De acordo com dados da Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity - ABVCAP, o Brasil conta, atualmente, com cerca de 10 bilhões de dólares, cerca de R$ 17,6 bi, disponíveis para o incentivo de projetos inovadores. O problema é que, segundo especialistas, este dinheiro não chega às mãos de empresas nascentes ou das micro e pequenas empresas (MPE's) por falta de conhecimento dos caminhos ou da existência destes recursos.
Pensando em contribuir com a melhoria deste cenário, o Sistema Fiep criou o Núcleo de Capital Inovador. De acordo com o gestor deste núcleo, Wikings Marcelo Machado, o objetivo é auxiliar as empresas paranaenses de todos os portes, e que tenham potencial inovador, a captar estes recursos. "É preciso informar às empresas sobre as linhas de recurso existente para inovação, e sua forma de captação, além de representar as empresas junto a fundos de investimento e órgãos de fomento".
Como funciona
O Núcleo de Capital Inovador atua no monitoramento de oportunidades de fomento para cada tipo de negócio das empresas participantes do programa. Com base em um amplo estudo de cada organização, os consultores ajudam na elaboração de projetos e no agenciamento para a captação de recursos, na transferência de conhecimento sobre fomentos, na construção de planos de negócios para apresentar aos possíveis investidores e na representação da indústria e sindicatos junto aos órgãos de fomento.
Vale do Silício - EUA
Um bom exemplo de comportamento investidor para a inovação vem do Vale do Silício, no estado da Califórnia, EUA. A região, povoada por empresas, foi criada nos anos 1950 com o objetivo de criar inovações científicas e tecnológicas. A ideia contou com o total apoio de investidores "pessoa física", chamadas de "investidores anjos". Pessoas que não são, obrigatoriamente, empresários, mas que apostam em inovações. "Nos EUA as pessoas investem em empresas inovadoras com muito mais facilidade, mesmo que estas empresas ainda não passem de uma ideia.", comenta Wikings Machado ao comparar o comportamento do investidor brasileiro. "No Brasil, o investimento em empresas nascentes por meio de investidores anjo e fundos de capital semente ainda é algo incipiente e que tem muito a evoluir".
Um dos diferenciais do Núcleo é o auxilio as empresas paranaenses de pequeno e médio porte na elaboração de planos de negócios. Segundo Wikings, os jovens empreendedores brasileiros têm dificuldade ou não sabem como construir este tipo de planejamento, o que afeta a aproximação aos investidores. "Nos EUA, um aluno do primeiro ano de engenharia já sabe montar um bom plano de negócio".
Mesmo com algumas dificuldades enfrentadas em processos de captação de recursos, o Brasil, e mais especificamente, o estado do Paraná é referência em inovação. Empresas de diversos segmentos têm buscado, cada vez mais, auxilio para facilitar o caminho da Pesquisa & Desenvolvimento em Inovação. Desde que o Núcleo foi criado, doze empresas paranaenses já foram atendidas. "Isso mostra que o Paraná tem um grande potencial inovador e que conta com empreendedores preocupados em investir".
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