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O mercado de eletricidade proveniente do carvão, ainda muito utilizado nos Estados Unidos, pode estar em crise. Mas, segundo especialistas, o consumo de energias vindas de novas usinas geradoras que utilizam o gás natural está caminhando bem. Por quê? Porque o gás está começando a substituir o carvão, de acordo com Randy H. Zwirn, presidente da Siemens Power Generation Group, companhia especializada em soluções e serviços em energia.
A Siemens anunciou contratos para fornecimento de cinco novas usinas a gás de alta eficiência, da companhia energética do EUA, Progress Energy, em dois locais na Carolina do Norte. Todas ainda trabalham com antigos geradores a carvão. A empresa também está substituindo antigas centrais a gás, na Flórida.
O Complexo Energético HF Lee, perto de Goldsboro, tem três geradores a carvão que começaram a funcionar em 1951, 1952 e 1962. Os três da usina Sutton, perto de Wilmington, entraram em serviço em 1954, 1955 e 1972. As seis usinas estão entre as 11 pertencentes à Progess, na Carolina do Norte, que não possuem lavadores de enxofre. A empresa disse que vai, mais adiante, fechar todas as 11.
"Acho que acabaram com as dúvidas sobre não valer mais a pena gastar centenas de milhões de dólares com um processo que está no fim, ainda mais que, provavelmente, as regras para poluentes como o mercúrio, dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio serão cada vez mais rígidas", disse Sr. Zwirn. Além disso, Zwirn explica que nas próximas décadas, com o funcionamento das novas usinas, é provável que mais restrições serão impostas sobre as emissões de dióxido de carbono.
Por quilowatt-hora, os novos geradores a gás irão reduzir as emissões de dióxido de carbono em 60% e os óxidos de nitrogênio em 95% em relação aos níveis produzidos pelo seu antecessor, o carvão. Segundo a Siemens, quase 100% do dióxido de enxofre e todo o mercúrio serão eliminados.
A companhia disse que também forneceu seis geradores de turbinas a gás para a companhia Florida Power & Light, que irá utilizá-los em substituição aos geradores de Riviera Beach e Cabo Canaveral, que podem queimar óleo ou gás. Os geradores antigos datam da década de 1960, e os novos vão produzir muito mais eletricidade por metro cúbico de gás queimado, disse a Siemens, reduzindo as emissões de dióxido de carbono e gases ao mesmo tempo.
Na maior parte dos últimos 50 anos, os governos tinham que decidir o que construir para acompanhar o ritmo de crescimento. No entanto, a Siemens diz que está construindo projetos de gás natural em locais que não terão necessidade de ampliar sua capacidade até 2018 ou 2020, sugerindo que muitos de seus projetos se destinam a substituir, e não complementar, os geradores existentes.
Muitas dessas usinas levam pouco mais de dois anos para serem construídas. Se estiver substituindo uma antiga fábrica que já tem terra zoneada para uso industrial e acesso à rede e água de resfriamento, o processo é relativamente rápido.
Algumas grandes usinas de carvão ainda estão em construção em todo o país, e a Siemens constrói equipamentos que serão utilizados em várias delas. Mas Zwirn disse que, olhando para a frente, "eu não sei de nenhuma negociação que temos atualmente em curso para novas usinas a carvão".
Mesmo antes de uma potencial legislação para limitar as emissões de dióxido de carbono, Zwirn diz que "Eu penso que nós estamos começando a vivenciar o início de uma reestruturação da demanda nos Estados Unidos, que é conduzido através da regulamentação.''
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