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Imagens: Divulgação
Mesmo ocupando cargos iguais, quando o assunto é o dinheiro no final do mês, são as mulheres que saem perdendo na batalha entre os sexos. Em 2009, o rendimento feminino representou, em média, 72,3% do recebido pelos homens, segundo dados do IBGE. Via de regra, essa diferença de salários se aplica a todos os setores do mercado de trabalho. Mas existem exceções. Uma pesquisa do site de recrutamento Catho Online identificou as profissões onde elas conseguem alcançar melhores cifras do que eles.
De acordo com o levantamento, professoras com doutorado podem receber até 25% a mais que seus pares masculinos. Profissionais de moda e gerentes de hotéis, até 22%. Com ganhos entre 5% e 19% superiores, estão as recepcionistas de hotel, profissionais de enfermagem e de recursos humanos, psicólogas hospitalares e bibliotecárias. Por último, arquitetas plenas e secretárias bilíngues, com remuneração até 3% maior.
"Nem sempre vale a regra de que os homens ganham mais do que as mulheres", diz Marco Soraggi, diretor da Pesquisa Salarial da Catho Online. "Elas se destacam em profissões onde estão mais presentes, como nas áreas de moda, letras, psicologia, enfermagem, recursos humanos, nutrição, entre outras". A mesmas lógica se aplica à realidade laboral do sexo oposto. "Os homens também tendem a ter um salário maior onde estão em maior quantidade", diz ele. A pesquisa foi realizada com 175 mil profissionais de todo o país.
Há nessa lógica, no entanto, certa dose de iniquidade. Em setores onde os homens são maioria, como os de tecnologia da informação e engenharia, eles chegam a ganhar salários 50% a 70% maiores do que as mulheres, principalmente quando ocupam cargos de gerência. Portanto, sejamos sinceros: ainda faltam motivos para comemorar o progresso feminino. Apesar de se destacarem nos setores onde estão mais presentes - o que segundo especialistas não representa uma conquista em si -, elas sofrem para conseguir um lugar ao sol naqueles onde estão em minoria.
Um olhar mais amplo em todo o mercado não revela números mais animadores. Segundo dados do IBGE, embora as mulheras sejam maioria na população em idade ativa, elas representam apenas 43,5% dos ocupados. E mais: do total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, 60,5% são homens e, apenas, 39,5% são mulheres. Não tem jeito - a despeito da jornada diária cada vez maior, divididas entre o trabalho, afazeres domésticos e estudos, elas continuam em desvantagem.
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