Construções verdes conquistam cada vez mais espaço

O Brasil pode ter boom de Green Buildings nos próximos anos devido à Copa e Olimpíadas

Imagens: Divulgação

Desde 1992, os Estados Unidos promovem o programa Energy Star, que envolve estratégias de gerenciamento energético que incentivam a economia ao recompensar melhorias nas construções. Porém foi em 2009 que o programa deslanchou, com cerca de nove mil edifícios conquistando o direito de utilizar a etiqueta Energy Star  ao redor do país em comparação ao pouco mais de seis mil em 2008, um aumento de 40%.

Nesta semana, a Agência de Proteção Ambiental (EPA, em inglês) dos Estados Unidos publicou um ranking  classificando 25 cidades de acordo a implantação do Programa Energy Star para edifícios comerciais. Entre eles estão hospitais, escolas, escritórios, lojas e até mesmo supermercados.

Los Angeles foi apontada pela EPA como a líder norte-americana em Green Buildings apresentando 293 novos edifícios Energy Star em 2009, bem a frente da segunda colocada Washington com 203 e da terceira San Francisco com 173. A cidade de Nova Iorque ficou em décimo lugar com 90 edifícios.

A EPA diz que o programa Energy Star contribui anualmente para a economia de US$ 1,6 bilhões em contas de energia e evita emissões de gases do efeito estufa equivalentes a mais de 1 milhão de residências.

O Energy Star engloba apenas um dos diversos atributos que podem ser explorados dentro do conceito de Green Building, a eficiência energética. A qualidade do ar interno e o gerenciamento dos recursos também são componentes essenciais do conceito, assim como a redução da necessidade de aquecimento e resfriamento de ambientes, maior conforto e durabilidade e menor custo de manutenção.

A ONG Green Building Council no Brasil optou por disseminar no mercado o sistema norte-americano de certificação LEED® (Leadership in Energy and Environmental Design®) que está sendo adaptado a realidade brasileira e teve a sua primeira versão lançada este mês.

Copa Verde
O Brasil tem tudo para se destacar no setor das construções verdes. Uma grande iniciativa está em andamento e poderá resultar na maior ação coordenada de Green Building já feita globalmente (veja vídeo abaixo).

Os recursos para a Copa do Mundo de 2014 e para a Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016 se bem administrados transformarão o Brasil no maior desenvolvedor de construções sustentáveis do planeta.

Três estádios já foram registrados para obterem a certificação LEED. Eles já estão recebendo o apelido de EcoArenas. Existe a possibilidade de que venham ainda a receber grandes painéis solares incorporados à sua arquitetura, o que geraria energia suficiente para seu funcionamento.

Outras medidas deverão ser adotadas nacionalmente, visando a contenção e reversão do desmatamento, investimentos em energias renováveis e redução das emissões relacionadas ao transporte.

Os grandes eventos esportivos com certeza transformarão o Brasil em um gigantesco canteiro de obras. Agora fica a dúvida se todos os recursos destinados pelo governo ou captados com a iniciativa privada irão mesmo se concretizar em um país repleto de “Green Buildings” ou apenas se perderão pelos ralos da corrupção.


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