Imagens: Divulgação
Processadora de aços Tuper amplia operações em São Bento do Sul e dá a largada em um plano para elevar suas receitas em 50% até o final deste ano.
Desde a última quinta-feira (18/03), a Tuper não será mais a mesma. Com a inauguração de uma linha de galvanização de tubos de aço, a empresa quer elevar suas margens de rentabilidade e ganhar escala no mercado brasileiro – onde detém uma participação de 11%. Juntamente com a linha de galvanização, a companhia colocou em operação uma nova fábrica de tubos de aço em seu parque industrial, localizado em São Bento do Sul (SC). Assim, a capacidade instalada de transformação da Tuper subirá de 192 mil toneladas para 240 mil toneladas por ano.
Os tubos de aço galvanizados que começam a ser produzidos pela Tuper serão destinados aos segmentos petroquímico, sucroenergético, automotivo - incluindo também máquinas e implementos rodoviários e agrícolas. Para a construção civil, em especial, serão oferecidos tubos estruturais e tubos de condução galvanizados e eletrodutos. "O objetivo é conquistar, nos próximos dois anos, uma fatia de 20% do mercado de tubos galvanizados no Brasil, avaliado, hoje, em 160 mil toneladas por ano", conta Frank Bollmann, presidente da Tuper. Segundo ele, a expectativa é de que esses produtos passem a responder por entre 10% a 12% do faturamento da empresa.
As duas unidades – a fábrica de tubos e a linha de galvanização – demandaram um investimento de R$ 35 milhões e marcaram o fim de um ciclo iniciado em 2008, quando a Tuper decidiu agregar valor a suas operações. Desde então, a companhia investiu R$ 72 milhões em ampliações e modernizações. Cerca de 80% desse valor foi bancado com recursos próprios – o restante foi financiado no BNDES. Nem mesmo a crise abalou o ritmo dos aportes "Sairia muito mais caro se tivéssemos parado de investir", garante Bollmann.
Agora, com os empreendimentos em operação, a empresa quer romper a barreira do R$ 1 bilhão de faturamento até o final deste ano. Não se trata de uma meta conservadora – em 2009, as receitas foram de R$ 674 milhões. O aumento, portanto, é de quase 50%. Mas José Carlos Manzo, diretor administrativo-financeiro da Tuper, acredita que é possível chegar lá. "Entre 2006 e 2008, crescemos 30% ao ano. Temos um histórico de crescer de maneira acelerada, ainda mais em 2010, ano que começou já na quarta marcha", explica José Carlos Manzo, diretor administrativo-financeiro da Tuper.
Tanto Manzo quanto Bollmann acreditam que a participação da Tuper no mercado brasileiro de tubos de aços pode crescer de 11% para 15% neste ano. "Vamos atacar por todos os flancos. Cuidem-se, concorrentes, alguém vai ser deslocado", promete Bollmann. O recado tem destino certo: Persico Pizzamiglio, MTP, Golin, Apolo e Zamprogna (Usiminas) – empresas que disputam a liderança do segmento no país. Para ocupar o espaço das concorrentes, a Tuper está disposta a investir mais R$ 150 milhões até 2012.
