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Fotos: Divulgação
Depois de um 2009 conturbado, ao menos no primeiro semestre, o setor metalmecânico está confiante em um ano novo melhor. O motivo para tal otimismo vem em decorrência do comportamento da economia do país no segundo semestre de 2009, quando as vendas do setor metalmecânico começaram a reagir, impulsionadas também pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre veículos e eletrodomésticos da linha branca.
Para 2010, a tendência seria a continuidade do aquecimento no setor, especialmente em função das obras previstas pelo governo.
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Criciúma (Sindimetal), Guido Búrigo, os primeiros cinco meses de 2009 foram atípicos em função da crise mundial, iniciada no último trimestre de 2008, mas a situação começou a se normalizar após esse período.
"Entre nossos clientes, o setor automobilístico teve um desempenho melhor, o cerâmico recebeu investimentos e a mineração teve redução de cota da Tractebel Energia", afirma.
Em todo o Sul do Estado, há cerca de três mil empresas do setor metalmecânico, que geram cinco mil empregos. "Sempre vai existir dentro do setor algumas empresas que estão esperando ainda uma oportunidade para saírem da crise, mas hoje, praticamente 90% já se recuperou dos impactos do ano passado", diz Búrigo.
De volta ao negócios
Das empresas do setor metalmecânico do sul de Santa Catarina, 28 delas se localizam no distrito de Caravaggio, em Nova Veneza, e estão filiadas ao Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Caravaggio (Simec). Segundo o presidente do Simec, Ney Milanez, os primeiros seis meses do ano passado foram um dos piores dos últimos tempos para os associados do Simec. Só nesse período, o número de colaboradores diretos nas 28 empresas caiu de 1,8 mil para 1,5 mil.
E a crise também teve reflexos no faturamento das indústrias: elas fecharam 2009 faturando 25% a menos que no comparativo com 2008. "A situação está melhor, mas ainda não está boa", afirma Milanez. Essa melhora começou no segundo semestre do ano passado e culminou na reabertura de 10% das vagas que haviam sido fechadas até junho de 2009 pelo setor metalmecânico de Caravaggio.
Para 2010, Milanez afirma que a tendência do mercado é não repetir o quadro do ano passado, em função do volume de obras governamentais previstas e de um aquecimento do mercado consumidor.
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