Comércio entre Brasil e China alcança US$ 50 bi

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Os negócios entre Brasil e China devem encerrar 2009 com movimentação de US$ 50 bilhões, segundo o novo presidente da CBCDE (Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico), Fernando Ou, que tomou posse do cargo na última sexta-feira. Segundo ele, as relações comerciais entre os dois países somava apenas R$ 800 milhões há 15 anos.

O empresário chinês avalia que o Brasil deve se dedicar a tomar medidas mais ousadas para estimular ainda mais as relações comerciais com a China. "Com grande riqueza de matéria-prima, frente a um país de característica manufatureira, como é o caso da China, o Brasil está diante de uma grande oportunidade de se tornar mais atrativo para investimentos e superar a África", A China é o maior comprador de produtos brasileiros, enquanto o Brasil é o oitavo maior comprador de produtos chineses.

Para ser mais atrativo, o País precisa, segundo Ou modernizar a legislação trabalhista "Os trâmites no setor trabalhista são bastante complexos e não estou falando apenas da enorme carga tributária, mas também dos processos de contratação de funcionários, por exemplo."

Outro fator importante, na visão do presidente da CBCDE, é a desburocratização para a entrada de capital estrangeiro em território nacional . "Hoje, há muitos obstáculos à entrada de investimentos no País. É preciso facilitar o real investimento e afugentar o capital especulativo."

Fernando Ou avalia ainda que o Brasil precisa trabalhar mais na divulgação de seus atuais atrativos "O País, em comparação a expoentes como EUA e África, ainda apresenta condições extremamente vantajosas em termos de custo na compra de terrenos, construção de unidades fabris, entre outros", esclarece. "A parceria Brasil-China tem um campo vasto e fértil de crescimento, seja em termos culturais, sociais ou econômicos", conclui o empresário.


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