Importadores de máquinas fecham ano com retomada

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Os importadores de máquinas-ferramenta e equipamentos industriais chegam ao final de 2009 com o movimento de cerca de US$ 1,5 bilhão em negócios. Este valor corresponde a 55% do volume total negociado em 2008 – considerado o melhor ano para o setor - e é inferior a 2007, que fechou em US$ 2 bilhões.

“O mercado ficou praticamente paralisado no primeiro semestre, em decorrência da crise econômica mundial. O ritmo de vendas só começou a voltar a partir do final de agosto”, comenta Thomas Lee, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (ABIMEI).

Para 2010, a expectativa é de um volume 50% maior do que em 2009, mas ainda assim distante dos US$ 2,6 bilhões negociados no ano passado. “A economia interna já demonstra melhora, o consumidor está mais confiante e a indústria planeja reinvestir. Devemos fechar 2010 com US$ 2,2 bilhões negociados”, analisa Lee. 

Segundo o presidente da ABIMEI, o setor foi um dos que mais sofreu com a crise financeira, devido, principalmente, a somatória de quatro fatores: alta ociosidade das indústrias, queda nas exportações, falta de crédito para bens de capital importados e inadimplência elevada. “O crédito sumiu para todos os setores, mas a falta de uma política de financiamento para a renovação do parque industrial brasileiro, sobretudo em relação às máquinas importadas, dificultou extremamente o nosso segmento”.

Por outro lado, diz ele, o real forte e a queda de consumo nos países mais desenvolvidos derrubaram as exportações e a inadimplência no setor, que era praticamente zero, chegou a 5%, “o que é muito alta para nós”, afirma Lee.

Para o presidente da ABIMEI, o estímulo à indústria automotiva e de linha branca foram pontos positivos da política econômica do Governo para enfrentar a crise, mas como os estoques estavam muito altos, somente agora, no final do ano, o setor começou a sentir os seus efeitos. “As empresas importadoras ainda estão se reorganizando, depois de tantas dificuldades que o setor passou em 2009”, diz Thomas Lee.
 


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