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Foto: Divulgação
Uma comitiva de acadêmicos e empresários tem visitado todas as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 com o projeto de implantar sistemas para abastecer de energia solar todos os 12 estádios do evento. Acompanhados de autoridades nacionais, eles já visitaram a Alemanha neste ano para aprender a técnica adotada em alguns estádios daquele país na Copa de 2008.
O projeto vem sendo tocado aqui pelo Instituto Ideal, que coordena os contatos entre a Agência de Desenvolvimento Alemã (GTZ), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e outras universidade e grupos pela América Latina. A ideia do projeto é disseminar a tecnologia no Brasil e mostrar que há uma fonte viável e limpa, explica o catarinense Mário Passos, engenheiro eletricista e diretor-presidente do Ideal.
Segundo Passos, as placas para captação de energia solar podem ser incluídas nas reformas dos estádios ou mesmo consideradas no projeto de arquitetura daqueles que ainda serão construídos. "Mesmo no Maracanã, que é tombado, por exemplo, é possível aplicar as placas na parte superior das arquibancadas."
O preço das placas e da energia gerada, porém, é o maior entrave para o projeto. Segundo Passos, o custo do kW gerado nessas placas é de cerca de € 4,2 mil (cerca de R$ 10,9 mil), enquanto o custo do kW da energia hidrelétrica é de R$ 3 mil. Seriam investidos até R$ 50 milhões em placas para cada estádio. Porém, se houver baterias nos estádios para armazenamento dessa energia, o custo pode ser ainda maior. A tecnologia seria importada para a Copa de 2014.
O diretor-presidente do Instituto Ideal deixa claro que a iniciativa busca introduzir a tecnologia no país e destacar o caráter ambientalmente correto da Copa. "Para o uso nacional da fonte energética solar, seriam necessários investimentos de outra magnitude", diz. Segundo ele, cada estádio poderá gerar de 1 MW a 1,5 MW de fonte fotovoltaica. "Isso é muito mais do que o estádio consome." Segundo Passos, já foram visitadas Fortaleza, Natal, Salvador, Brasília, Manaus e Porto Alegre. Até o fim do ano, ele visitará todas as doze cidades que receberão os jogos.
Manaus é a sede mais avançada no projeto. Segundo Rodrigo Camelo, secretário do comitê técnico da Secretaria de Planejamento Estadual, os arquitetos estão estudando inserir as placas em um ginásio anexo ao estádio onde ocorrerão os jogos da Copa ou se cogita até cobrir o estacionamento, de forma que se apliquem as placas nesse teto. "Mas isso só vai acontecer, de fato, se houver auxílio financeiro específico", diz Camelo.
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