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Fonte: Reuters/Carbono Brasil - 26/11/2009
Escrito por Wojciech Moskwa, traduzido por Fernanda B. Muller (CarbonoBrasil)
Foto: Divulgação
A Noruega inaugurou na terça-feira (24) a primeira usina de energia osmótica do mundo, produzindo eletricidade sem emissão ao misturar água fresca e marinha através de uma membrana especial.
A usina estatal Statkraft é um protótipo, que por enquanto produzirá minúsculos 2 a 4 kilowatts de energia, suficiente para mover uma máquina de café, e permitirá que a Statkraft teste e desenvolva a tecnologia necessária para reduzir os custos de produção.
A usina é movida a osmose que naturalmente puxa a água doce através de uma membrana, em direção à água do mar. Isto cria uma pressão maior no lado marinho, movendo uma turbina e produzindo eletricidade.
“Apesar de apenas o sal não poder salvar o mundo sozinho, acreditamos que a energia osmótica será uma parte interessante do mix de energias renováveis no futuro”, disse o chefe executivo da Statkraft, Baard Mikkelsen, aos repórteres.
A Statkraft, maior produtora de energia renovável da Europa com experiência em hidroelétricas que fornecem quase toda a eletricidade da Noruega, pretende iniciar a construção de usinas osmóticas comerciais em 2015.
O principal problema é melhorar a eficiência da membrana de cerca de 1 watt por metro quadrado atualmente para cerca de 5 watts, o que tornaria os custos deste tipo de energia comparável àqueles de outras fontes renováveis.
O protótipo, instalado nos Fiordes de Oslo e cerca de 60 km ao sul da capital norueguesa, tem uma membrana de cerca de 2 mil metros quadrados.
As futuras usinas em escala completa produzindo 25 MW de eletricidade, suficiente para fornecer energia para 30 mil lares europeus, seriam do tamanho de um estádio de futebol e exigiriam cerca de 5 milhões de metros quadrados em membranas, segundo a Statkraft.
Após a resolução de algumas questões relacionadas a “arquitetura” da membrana, a Statkraft acredita que a capacidade global de produção de energia osmótica poderia chegar a 1,6 - 1,7 mil TWh anualmente, ou quase a metade da demanda energética da União Européia.
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