Hora de balanços e perspectivas

Os especialistas da Abimaq avaliam 2009 e revelam expectativas para 2010

Fotos: Divulgação

Depois de um ano econômico turbulento como foi 2009, nada melhor que algumas opiniões especializadas para ajudar no planejamento de 2010. Os especialistas setoriais da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) fazem um balanço do ano que está chegando ao fim, com perspectivas para 2010.

O presidente do setor de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura (CSMF), Roberto Schaefer, avaliou a primeira metade do ano como "bem ruim", mas lembra que no meio de 2009 foi anunciado o pacote de incentivos fiscais do governo e "o segmento começou a se movimentar". Depois de outubro, os pedidos voltaram a ser fechados, e o ano encerrou com 15% de queda em relação a 2008, quando a estimativa era 30%.

Já o presidente da Câmara Setorial dos Fabricantes de Ferramentas (CSFF), Ricardo Berg, afirma que as ferramentas usadas diretamente na indústria sofreram mais, enquanto aquelas utilizadas em outros ramos, como construção civil e agricultura, menos. Mas no geral todos os segmentos registraram quedas. Ele estima que até o fim do ano a variação deve ficar negativa em 17%.

O Setor de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) foi a que mais sofreu queda nesse ano, em comparação com 2008: 42%. O presidente da CSMIA, Celso Cascale, espera que o setor cresça de 15% a 20%, o que não representa muito, pois a base de comparação é fraca. Para crescer mais, o câmbio teria que se tornar favorável, completa Cascale.

Para 2010, o setor de máquinas-ferramenta conta com os investimentos de grande porte em infraestrutura do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), da Copa do Mundo, das Olimpíadas. Roberto Schaefer acredita que isso vai motivar a troca de máquinas e equipamentos, deixando os resultados de 2010 próximos aos de 2008.

Ricardo Berg não é tão esperançoso. "Deve haver uma melhora, mas não muito significativa", diz o presidente do setor de ferramentas. Para sustentar o setor, eles querem normatizar os produtos, nos moldes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para criar um nível de qualidade para o produto nacional. 

Para conferir a íntegra dessas e de outras entrevistas com presidentes das câmaras setoriais da Abimaq no Blog Industrial, clique aqui


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